Paranaguá deu um grande passo ontem para ter, enfim, um aterro sanitário dentro das exigências ambientais. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos entregou ao prefeito José Baka Filho o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) das quatro áreas cogitadas para abrigar o espaço e, segundo o secretário Rasca Rodrigues, em uma das áreas foi considerada aceitável a instalação do depósito. O estudo é uma exigência da legislação e, com a sua conclusão, dá-se início à elaboração do projeto do aterro que deverá ser finalizado em dezembro deste ano.
O local irá substituir o lixão do Embocuí, uma área de 24 alqueires onde são depositadas cerca de 130 toneladas por dia dos mais variados tipos de resíduos, sem qualquer forma de reciclagem ou reaproveitamento. O município já havia sido autuado quatro vezes (duas em 1991, uma 2001 e 2004) pela disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos e de serviço de saúde. ?O relatório encontrou uma área em que os prejuízos ao ambiente serão os menores possíveis, uma vez que no litoral não existe área adequada para se tratar o lixo. Mas tínhamos que dar uma solução para esse passivo ambiental, que é crônico e criminoso?, disse Rodrigues. A Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), já tem assegurada uma verba de R$ 2 milhões para a obra.
O relatório, que aponta uma área na região do Rio das Pedras, no Distrito de Alexandra, como a mais indicada para a instalação do aterro, ficará 45 dias à disposição da Prefeitura e dos vereadores para que questionem possíveis pontos não levantados pelo estudo, que avaliou as características biológicas, físicas e aspectos sócio-econômicos das populações do entorno para avaliar os impactos do acúmulo de lixo no local.
Passado o período, será marcada audiência pública para, na seqüência, ser encaminhado o licenciamento ambiental. Baka Filho anunciou que, além da implementação do aterro, Paranaguá também ganhará barracões para coleta de lixo reciclável.