Em debate com os técnicos da prefeitura de Paranaguá, os especialistas que elaboram o plano de mobilidade e acessibilidade urbana da cidade, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), estão prestes a iniciar as obras.

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O processo de licitação foi encerrado no início de janeiro e a empresa vencedora já realizou as primeiras reuniões com a comunidade. O projeto final deverá ser entregue no próximo dia 25, já que uma proposta inicial foi negada pela prefeitura há três meses.

As alterações serão principalmente no centro histórico, tombado no final de dezembro do ano passado como patrimônio nacional. O foco principal é disciplinar a convivência entre carros e pedestres no trânsito de Paranaguá, planejado na época em que existiam apenas veículos de tração animal.

“Em nenhum momento pensamos em proibir o tráfego de veículos no centro. Planejamos apenas ampliar as ruas e calçadas porque, atualmente, há um risco para a população que circula em calçadas estreitas com os carros passando em alta velocidade do lado”, ressalta José de La Pastina Filho, do Iphan, coordenador do projeto.

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Hierarquização

De acordo com ele, será feita uma hierarquização das vias, estabelecendo restrição de tráfego para veículos pesados e restrição de horários para carga e descarga.

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O prefeito da cidade, José Baka Filho, é favorável a organização do fluxo de veículos, e também garante que não há a intenção de fechar nenhuma rua. “A solução que os técnicos da prefeitura apresentaram prevê, também, reduzir algumas vagas de estacionamento para aumentar as calçadas. Com isso será possível abrir mais pontos de comércio e proporcionar mais segurança para o pedestre, além de embelezar a cidade”, frisa.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP), Yahia Hamud, é proprietário de três casas comerciais no centro histórico e acredita que o plano ajudará também a conservar os casarões antigos.

“Defendo todas as bandeiras para cuidar do centro e acredito que seria incoerente e irracional fechar a circulação de carros. Concordamos que haja proibição do acesso por caminhões de carga, por exemplo, e somos favoráveis à criação de um bicicletário e da fiação subterrânea, para remover os postes e fios das ruas”, afirma.