Uma pesquisa realizada pela Organnact, empresa que comercializa suplementes para o mercado pet, revelou que as famílias paranaenses aumentaram em 135% o consumo de produtos voltados à saúde e bem-estar de cães e gatos, na comparação do primeiro semestre de 2020 com deste ano.
O dado revela que a pandemia trouxe novos hábitos não só para as pessoas, mas também para os animais de estimação, que estão ganhando mais atenção e cuidados. “Pela primeira vez vivemos um período maior em casa, com animais de estimação e seus donos juntos em tempo quase integral. Isso fez com que os tutores prestassem mais atenção nos animais. Seja para tratar o pelo, seja para aumentar a imunidade, shampoos, vitaminas, o fato é que cães e gatos passaram a ser mais cuidados durante a pandemia. Outro fator que vem impulsionando as vendas desses produtos é o fato de que as pessoas também estão se cuidando mais, e, com isso, acabam estendendo esse cuidado aos seus bichinhos”, conta Antônio Roberto Bacila, médico veterinário e especialista em nutrição animal.
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O Brasil é o segundo país com a maior população pet no mundo, com animais de estimação em mais de 37 milhões de domicílios, segundo a pesquisa Radar Pet, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) em parceria com o Instituto H2R. Ainda segundo o levantamento, são mais de 54 milhões de cachorros e 30 milhões de gatos no país, o que mostra o potencial de crescimento no setor. “Aqui no Paraná são cerca de oito milhões de animais de estimação, o que significa que para cada três paranaenses, existem dois pets, que são membros da família e que vêm ganhando atenção tal como”, comemora Dr. Bacila.
Durante o período de pandemia, passou-se a apostar numa dieta mais rica em nutrientes e na suplementação como uma maneira de prevenir possíveis doenças futuras. “A gente sabe que esse cuidado preventivo ainda não é rotina, mas o crescimento nas vendas indica que a pandemia trouxe um novo comportamento, uma nova preocupação com os animais. As pessoas estão mais dispostas a investir nos seus pets, que na pandemia passaram a ser realmente membros da família”, explica Jorge Bacila, Diretor de Comercial e Marketing da Organnact.
Suplementar para economizar
O cenário é conhecido de muitos. Um belo dia seu animal de estimação apresenta algum sintoma mais severo, e, além de gastar com a consulta veterinária de emergência, o gasto com internação, medicamentos, vacinas, e até mesmo cirurgias acabam comprometendo o orçamento familiar. “Esse é um comportamento bem cultural, típico brasileiro. Só se olha para a saúde do animal quando há alguma complicação, ou ainda quando se leva o pet para vacinar. É preciso mudar essa ideia de que a saúde do bichinho de estimação é uma questão fácil de se resolver”, lembra o Dr. Bacila.
A pesquisa Radar Pet também comprovou esse comportamento quando revelou que apenas 36% dos tutores de gatos levam os felinos para consultas periódicas e apenas 34% dos donos de cães realizam isso de forma regular. Ou seja, a maioria ainda tem o hábito de deixar para a última hora. “Se a gente for colocar no papel, é claro que vale muito mais a pena. A maioria dos suplementos tem valores a partir de R$30, e com isso, com apenas R$1 ou R$2 por dia é possível garantir mais saúde pros pets de forma preventiva. É claro que os suplementos não são garantia certa do não aparecimento de doenças. Eles ajudam a melhorar a imunidade dos animais e, consequentemente, os pets se tornam menos expostos a bactérias e infecções. No caso de ainda assim serem acometidos por alguma doença, os suplementos ajudam na pronta recuperação ou ainda na possibilidade de não haver um agravamento”, explica o veterinário. A economia, portanto, é um fator que deve ser levado em conta.
