Paranaense que participou da guerra do Iraque volta para casa

Sensação de dever cumprido. Assim descreve o paranaense Fernando Francisco Simeão Rodrigues, que participou de duas campanhas militares pelos Estados Unidos no Iraque.

Rodrigues serviu a divisão Marine Corps e foi liberado com honras pela divisão militar. O paranaense participou de missões importantes no país do Oriente Médio, como a captura de terroristas, entre outras.

Rodrigues conta que seu sonho de infância sempre foi ser militar. Após ser recusado no Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), ele conseguiu uma vaga para o curso superior de Ciências Políticas em uma faculdade militar do Estado da Carolina do Sul, nos EUA, onde se alistou após obter a cidadania norte-americana.

“Fiquei honrado de defender a democracia nessa batalha. Foi uma experiência de vida incrível e acredito que realizei um bom trabalho em benefício do povo iraquiano. Foi a missão da minha vida”, conta.

O paranaense revela que aprendeu muita coisa durante o período em que lutou pelos Marine. “Nas forças armadas, você entra um menino e sai um homem. A gente aprende muita coisa para a vida e entende o significado da honra. Aprendemos ainda que é preciso correr atrás do que a gente acredita para fazer algo de bom para todos”, garante.

Nos pouco mais de 14 meses em que esteve em solo iraquiano, Rodrigues revela que a primeira vez em que esteve nesse local, em 2007, enfrentou situações de perigo, participando de troca de tiros e combates mais intensos.

“Enfrentei ocasiões bem críticas na primeira vez que servi no Iraque. Na segunda, cuja participação encerrou em fevereiro, foi bem mais tranquila e sequer cheguei a disparar um tiro”, informa.

Apesar do orgulho em servir militarmente, o paranaense agora quer levar uma vida de civil, ao lado da esposa norte-americana Lorie Rodrigues. “Poderia ter continuado com a vida militar e participar de missões no Afeganistão, mas achei que já era hora de parar. Isso já é página virada. Agora vou trabalhar na empresa do meu pai e seguir com a vida”, brinca.

Família

Francisco Simeão Rodrigues Neto e Joseli Mara Boneto Rodrigues, pais do militar paranaense, estavam emocionados ao reencontrar o filho. Simeão contou que toda a família sofreu no período em que Rodrigues esteve no Iraque.

“Nós quase enlouquecemos. Foi uma época em que temíamos pela segurança do nosso filho e constantemente perdíamos o sono por causa dessa aventura. Certa vez, ele esqueceu do fuso horário e nos ligou às 3h. Imagina você acordar de madrugada com uma telefonista falando em um inglês com sotaque árabe. Na hora achei que era uma má notícia, mas felizmente não foi. Estou feliz por tê-lo do meu lado e agora ele inicia uma nova fase da sua vida”, diz.

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