Paraná tem software para controle de infeccção hospitalar

Desde 2009, o Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), trabalha com o Sistema “Online” de Notificação de Controle de Infecção Hospitalar (Sonih), um programa de computador que otimiza o processo de envio das fichas de notificação de infecção hospitalar e análise dos dados pelos Hospitais e pelo Departamento de Vigilância Sanitária.

Patrícia Capelo, técnica da Vigilância Sanitária da Sesa diz que hoje cerca de 80% dos hospitais, entre públicos e particulares, aderiram ao Sonih.

De acordo com Patrícia, o combate à infecção hospitalar é um dos grandes desafios da Saúde na atualidade. “As dificuldades são imensas, desde a variação dos tipos de infecções até realizar uma mudança de comportamento dos funcionários que trabalham em hospitais. Muitas vezes, esses funcionários não lavam devidamente a mão e isso só piora a situação”, diz.

Ainda segundo ela, é preciso dividir os perfis dos hospitais. “Não podemos comparar a rotatividade de hospitais universitários e santas casa, com outros hospitais com diferentes especialidades. São perfis de pacientes completamente diferentes. O mesmo acontece com hospitais que contam com UTI, que contam com pacientes com enfermidades diferentes que exigem maiores cuidados”, afirma.

Lei existe, mas não é cumprida

Desde 1983, é obrigação dos hospitais brasileiros monitorarem qualquer tipo de doença adquirida dentro de suas instalações, porém só dois anos depois é que foi criada uma comissão nacional de controla das infecções. Mesmo com a criação da comissão, apenas nos anos noventa, com a Portaria 2.616/98 e a Lei 9.431/97, é que se estabeleceu que cada hospital criasse uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e em seguida elabore e execute um Plano de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH). Apesar da lei e da portaria, as determinações não pegaram e apenas 25% dos hospitais têm uma comissão ativa para controle das infecções, segundo a Anvisa.