A taxa de transmissão da covid-19 registrou uma queda no Paraná nos últimos dias. A média da Rt, como é chamada a medição, foi 0,77, o que significa que cada 100 pessoas com a doença, 77 podem contaminar outras. Os dados são do sistema Loft, que analisa a transmissão do coronavírus em todo o Brasil e divulgados no domingo (21).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, é a quarta vez em que há uma remissão na transmissão do vírus no Paraná. Quando o Rt for igual a 1, a doença está estável, quando é maior, temos o crescimento do número de casos. Com essa taxa, abaixo de 1, há uma remissão no contágio.
Acácia Nasr, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, explica que o Rt indica a média de pessoas que poderão ser contaminadas. “De forma simples, o Rt indica a média de pessoas que serão infectadas pelo Sars-CoV-2 a partir de uma pessoa doente. Com essa taxa, abaixo de 1, há uma remissão no contágio. A variação dessa taxa considera as mudanças no comportamento da população, como a quarentena, uso de máscaras e teletrabalho”, disse Acácia.
Mantenha os cuidados
Apesar da queda na taxa de transmissão, o momento segue sendo preocupante com o aumento no número de casos e mortes no Paraná. Beto Preto, secretário estadual de saúde, reforça que é preciso manter os cuidados na proteção. “Nosso Rt baixou um pouco, mas os testes mostram que o coronavírus circula muito facilmente, de maneira comunitária, em todo o Estado, principalmente em Curitiba, na Região Metropolitana e na região Oeste. Por isso, quem pode precisa ficar em casa para não fazer o vírus circular”, disse Beto Preto.
Ainda segundo o secretário, 40% dos testes feitos atualmente dão positivo, um sinal de que o contágio ainda está alto no Paraná . “O grau de positividade está muito alto e a testagem diminuiu um pouco nos últimos dois meses. A taxa de transmissão está sofrendo alguns revezes, e eu quero chamar atenção para isso. O Paraná é o Estado que mais testa no Brasil, e se há número alto de resultados positivos, significa que ainda há muita circulação do coronavírus no Estado”, completou Beto Preto.