O número de casos de gripe A (H1N1) – a gripe suína – teve mais de 2 mil novas confirmações por exame laboratorial somente na semana passada. Esse número representa 42% do total de casos confirmados no Estado desde o início da pandemia e é maior que a população de 90 municípios paranaenses.
Ao todo, já são 4.931 casos confirmados no Paraná, com 195 mortes, o que representa menos de 4% do total de casos. Entre as vítimas que entraram em óbito, 20 eram gestantes.
Também na semana passada foram confirmadas 41 mortes em decorrência da nova gripe, além de 120 mulheres grávidas infectadas pelo vírus H1N1 no mesmo período. Todas as 22 regionais de saúde do Paraná, entre as quais estão distribuídos os 399 municípios do Estado, já registraram mortes em função da nova gripe.
O maior número de óbitos está na região de Curitiba (70 mortes), seguida por Cascavel (15) e Foz do Iguaçu (15), ambas na região oeste do Estado, e Maringá (13), no noroeste. A região de Ivaiporã, central do Paraná, é a que registrou o menor número de vítimas fatais, apenas uma.
Diferente do que ocorria nos primeiros meses de enfrentamento à nova gripe (em abril, maio e junho), desde meados de julho o exame laboratorial da nova gripe só é feito para pacientes considerados pertencentes a grupos de risco e para aqueles que venham a ter complicações causadas pela doença. A mudança adotada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) seguiu determinação do Ministério da Saúde, que alterou seu protocolo.
Até ontem, a Sesa não havia realizado nenhuma avaliação técnica que mostrasse o comportamento da doença entre crianças e adolescentes depois do retorno às aulas, e se isso interferiu no número de casos dentro desta faixa etária.
O Paraná já teve sete mortes causadas pela gripe A (H1N1) entre crianças de zero a quatro anos e 19 mortes na faixa dos cinco aos 19 anos. A mortalidade maior é entre adultos jovens. Já morreram 125 pessoas dos 20 aos 49 anos e 30 pacientes de 50 a 59 anos. Idosos com mais de 60 anos respondem por 14 mortes.
Afastamento de gestantes
As servidoras públicas estaduais que estiverem grávidas continuarão afastadas do trabalho até o próximo dia 14. A prorrogação do afastamento foi decidida ontem pela Sesa, em conjunto com a Secretaria Estadual de Administração.
A medida de prevenção já estava valendo desde o último dia 20 e se encerraria ontem. A orientação é que empresas privadas sigam a medida e liberem suas funcionárias do trabalho nesse período.