As Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Paraná tem o segundo menor percentual de subregistros de nascimentos, com – 0,1%, atrás apenas de Santa Catarina (- 0,6%). Nos dois Estados, a cobertura superou as estimativas de nascimentos, uma vez que o subregistro ocorre por dificuldade de acesso aos cartórios, devido às grandes distâncias, características geográficas adversas, falta de fiscalização da lei que obriga os registros, inexistência de uma rede de proteção à criança na maior parte dos municípios e ausência de cartórios em 422 municípios do Brasil.
De 2000 a 2006, o percentual de subregistros de nascimentos caiu de 21,9% para 12,7%. O Paraná encontra-se na frente inclusive de São Paulo e Distrito Federal, que tiveram taxa positiva de subregistro, na ordem de 0,4%. Os maiores índices foram registrados em Roraima (42,8%), Piauí (33,7%) e Alagoas (31,6%).
A mesma pesquisa revela que o Paraná tem o terceiro menor índice de nascimentos não notificados nos cartórios dentro do período considerado pela pesquisa, com 3,2%. Em primeiro lugar aparece São Paulo com 2,1% e, em segundo Santa Catarina, com 3%.
Estes índices são incorporados às estatísticas do Registro Civil nos anos seguintes como registros tardios. Em 2006, cerca de 357.156 registros foram tardios (11,3%). Destes, 306.5320 (85,8%), eram de crianças com idade até 12 anos. No mesmo ano, 58,8% dos registros tardios foram de nascimentos ocorridos até três anos antes do ano de referência da pesquisa. Outros 50.624 registros de nascimentos, por lugar de residência da mãe, foram de indivíduos com 13 anos ou mais de idade. Os maiores percentuais foram no Amazonas (36,4%), Pará (34,8%) e Amapá (33,0%).
A Estatística do Registro Civil mostra que o brasileiro está casando mais. As separações e os divórcios também cresceram no mesmo período. Entre os homens de 60 anos ou mais, o Paraná é o primeiro Estado a região Sul no ranking dos idosos que mais se casam, com 3,1%, contra 2,3% de Santa Catarina e 2,1% do Rio Grande do Sul. Para as mulheres de 60 anos ou mais, o Paraná também está na primeira posição, com 0,8%. Santa Catarina aparece em segundo lugar com 0,6%, seguido do Rio Grande do Sul, com 0,5%. A diferença por sexo nas taxas de nupcialidade legal é significativa, sendo de 3,4%, para os homens e de 0,9%, para as mulheres no país.
Em 2006, foram realizados 889.828 casamentos no Brasil, 6,5% a mais do que em 2005 (835.846). No caso das separações, o aumento foi de 1,4% no comparativo com 2005. Os divórcios concedidos no último ano cresceram 7,7% em relação ao ano anterior, passando de 150.714 para 162.244.