Com 290 mil doses do imunizante Coronavac/Butantan no estoque, os municípios paranaenses já estão aptos a começar a aplicar a vacina contra a Covid-19 em crianças de 3 a 4 anos, a depender da programação de chamamento definida pelas cidades. Essa vacinação não é obrigatória.
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Na terça-feira (19), o Ministério da Saúde encaminhou a nota técnica que detalha e orienta a imunização. Mesmo não sendo obrigatória, o Ministério da Saúde salienta que a vacina possibilita “maior segurança aos pais cujas crianças frequentam berçários, escolas e ambientes externos e que desejam vacinar os seus filhos”.
Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), consultada pela reportagem, a vacinação pode ter início imediato, a depender de cada município. “Já passamos um memorando aos municípios informando do início da vacinação”, informou a pasta.
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Com a estimativa de cerca de 309 mil crianças nesta faixa etária, os municípios do Paraná “têm doses disponíveis e se, por ventura, precisarem de mais doses, ainda esta semana serão repassadas às regionais de saúde”, diz a secretaria. A Sesa informou ainda que pediu ao MS mais 400 mil de doses do imunizante e que aguarda retorno.
Vacina contra a Covid-19 de forma gradual
O início da vacina contra a Covid-19 deve acontecer de forma gradual para todas as crianças, iniciando pelas imunocomprometidas, seguidas pela idade decrescente, dos quatro para os três anos.
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A orientação é de intervalo de 28 dias para a aplicação da segunda dose para este grupo. Crianças acima de 5 anos devem ser imunizadas com a vacina Pfizer, nos esquemas já recomendados.
Coronavac em outros países
Para crianças de 3 anos ou mais, a vacina Coronavac começou a ser usada em alguns países em 2021. Entre aqueles que aprovaram o uso para um público similar ao do Brasil estão China, Hong Kong e Chile.
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Em um estudo conduzido no Chile com cerca de 490 mil crianças na faixa etária de 3 a 5 anos e esquema de vacinação de duas doses, durante o surto da variante Ômicron do SARS-CoV-2 no país, a eficácia estimada da vacina foi de 38,4% contra a doença, 64,6% contra hospitalização por Covid-19 e 69,0% na prevenção de admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os dados foram publicados, em fase de pré-print, na plataforma Search Square e na revista Nature.