O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem as estimativas das populações residentes nos municípios brasileiros. O estudo aponta que o número de habitantes do Paraná passou de 9.563.458, segundo o censo de 2000, para 10.686.247 este ano -um crescimento de 11,6%.
O Estado é o sexto mais populoso do País, enquanto que Curitiba é a sétima mais populosa entre as capitais, com 1.851.215 habitantes. O estudo do IBGE também mostra que a taxa de crescimento nos municípios paranaenses vem caindo.
Segundo a pesquisa, a taxa média anual de crescimento populacional do Paraná caiu de 1,1% entre 2000 e 2007 para 0,9% no período entre 2008 e 2009. Em relação ao ano passado, houve um acréscimo de 96.078 habitantes.
Curitiba continua sendo a cidade mais populosa do Estado, seguida de Londrina (510.707 habitantes), Maringá (335.511), Foz do Iguaçu (325.137), Ponta Grossa (314.681) e Cascavel (296.254).
A região metropolitana de Curitiba (RMC) conta com oito dos 20 municípios mais populosos do Estado. Além da capital, os municípios de São José dos Pinhais (279.297 habitantes), Colombo (247.268), Pinhais (118.319), Araucária (117.964), Campo Largo (112.548), Almirante Tamandaré (97.523) e Piraquara (87.285) figuram entre os 20 mais populosos do Estado.
O levantamento confirma que a população de Foz do Iguaçu superou o contingente de Ponta Grossa, fato que se verifica desde 2007. Desde então, não houve alteração no ranking populacional desses municípios.
O professor de geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luís Lopes Diniz, cita a tendência de urbanização dos municípios, a inserção da mulher no mercado de trabalho e o aumento dos níveis de escolaridade como fatores preponderantes para a evolução dos índices demográficos no Estado.
“Outro fator é a migração do ambiente agrícola para os centros urbanos, que é uma tendência mundial. Influencia as pessoas a planejarem o número de filhos”, explica.
Diniz conta que é natural que o crescimento aconteça gradualmente de forma mais lenta. “O Brasil está numa transição demográfica, na qual o número de filhos por casal já deve estar em 2,1. Isso é suficiente para garantir a reposição da população e também permite uma elevação da renda per capita, o que também é fundamental para que haja uma evolução social”, afirma. A pesquisa será usada como parâmetro pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para definir a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.