Inverno atípico

Paraná sofre com a falta de chuvas

A estiagem vem castigando diversas regiões paranaenses, fazendo com que o Estado tenha, em 2010, um inverno bastante típico e tradicional. Pelo menos até a próxima terça-feira, segundo o Instituto Tecnológico Simepar, não devem ser verificadas chuvas e a umidade relativa do ar deve ficar ainda mais baixa, o que pode gerar desconfortos à população.

Este ano, a última chuva significativa registrada no Paraná foi no dia 22 de junho. Porém, existem estações meteorológicas como as de Toledo, Cascavel, Umuarama, Paranavaí, Maringá, Campo Mourão e Cianorte que já não registram chuvas há 28 dias.

Após o último dia 22, uma massa de ar mais seco entrou no Estado e derrubou as temperaturas. Posteriormente, as temperaturas voltaram a subir, mas a massa se manteve sobre as regiões Sul e Sudeste do País. Ela não consegue ser rompida pelas frentes frias, o que faz com que as chuvas não aconteçam.

De acordo com a meteorologista do Simepar Sheila Paz, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece estado de atenção quando a umidade relativa do ar está entre 20% e 30%. Abaixo de 20%, é considerado estado de alerta.

Na tarde da última quinta-feira, foi verificada umidade de 31% no município de Assis Chateaubriand, na região Noroeste. Em Maringá, a umidade foi de 33%; e em Paranavaí, 35%. Curitiba teve um índice um pouco mais alto: 47%.

A seca contribui com a maior incidência de queimadas. Só neste mês de julho, até a manhã de ontem, o Corpo de Bombeiros do Paraná já atendeu a 49 ocorrências de incêndios ambientais. Em junho, foram 848, quantidade bem maior que a registrada em maio, quando foram 300. O total de atendimentos este ano é de 3.720.

“O mato seco, a geada e a baixa umidade relativa do ar aliados a atitudes imprudentes, como brincadeiras com fogo, limpeza de terrenos baldios e queima de lixo doméstico, fazem com que os riscos de incêndio sejam altos”, diz o relações públicas do Corpo de Bombeiros, tenente Leonardo Mendes dos Santos.

Este ano, a situação é inversa à verificada no ano passado, quando, por influência do El Niño, o inverno foi mais quente e úmido. De acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a capacidade dos reservatórios está em 100%. Por conta da grande quantidade de chuva registrada no verão, a companhia afirma que não existem riscos de falta de abastecimento.

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