O Paraná teve, este ano, 314 casos confirmados de dengue, sendo um deles do tipo hemorrágico, que resultou na morte do paciente. Em 240 casos, a doença foi contraída dentro do Estado e, no restante (74), os casos foram importados de outros estados.
Os números, que fazem parte do quarto boletim informativo estadual sobre a dengue, foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, em Curitiba.
O caso de dengue hemorrágica confirmado é de um morador de Sarandi (região norte do Estado), ocorrido em fevereiro. A confirmação veio depois de investigações laboratorial e epidemiológica. Outros dois casos, em Jacarezinho e Paranavaí, deverão ser confirmados ainda esta semana.
O secretário estadual da Saúde, Gilberto Marin, comparou os índices deste ano com os do ano passado para fazer um balanço positivo do combate à dengue no Estado. ?Os bons índices que temos agora refletem justamente no trabalho desenvolvido no ano anterior e mantido neste ano. É necessário continuar com as medidas de controle da doença?, diz. Em 2007, no mesmo período, haviam sido registrados 15,6 mil casos autóctones (contraídos dentro do Estado) de dengue no Paraná. O número de notificações de casos suspeitos também caiu: foram 27,5 mil notificações em 2007 e 6.812 este ano.
São 44 municípios do Estado que apresentam casos positivos da doença. A Regional de Saúde de Londrina foi a que mais registrou casos de dengue este ano. Foram 103, sendo 91 autóctones. As regionais de Maringá, com 49 casos, sendo 46 autóctones, e Umuarama, com 41 casos, sendo 37 autóctones, ficaram nos 2.º e 3.º lugares. Outras regionais que contabilizaram vários casos foram as de Foz do Iguaçu, com 23 autóctones, e Cianorte, com 22. Esta regional apresentou a maior incidência da doença 16,83 casos por 100 mil habitantes. O índice geral do Estado é de 2,25 casos por 100 mil habitantes.
De acordo com o boletim, 34% dos municípios do Paraná estão com risco nulo de desenvolvimento da doença. Porém, 27,57% dos municípios não conseguiram informar os dados de risco um número que o secretário diz que pretende reduzir. A principal preocupação, segundo Marin, é com as regiões mais quentes, onde há maior propensão para o desenvolvimento de focos do mosquito Aedes aegypti.
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