O secretário da Saúde, Carlos Moreira Junior, apresentou nesta terça-feira (20), a estratégia de vacinação contra a gripe A (H1N1), adotada pelo Governo do Paraná. Em apenas dois grupos prioritários a meta de vacinação não foi atingida: 68% das gestantes e 54,65% dos jovens de 20 a 29 anos tomaram a vacina. A etapa de vacinação dos jovens acaba sexta-feira (23). As gestantes podem se vacinar até o final da campanha. “Precisamos vacinar 100% população dos grupos estratégicos. Com isso, a circulação do vírus ficará reduzida, o que diminuirá o número de pessoas infectadas e, consequentemente, a ocorrência de casos graves e mortes”, afirmou Moreira.
Dados do Programa Nacional de Imunização mostram que o Paraná é o estado que mais vacinou em todos os grupos prioritários, atingindo 100% dos profissionais de saúde, que estão diretamente envolvidos no atendimento à população, 100% dos indígenas, 102% das crianças menores de dois anos e 109% dos doentes crônicos, com menos de 60 anos. O Estado também mantém números superiores em relação a outros estados no que se refere à vacinação das gestantes e dos jovens de 20 a 29 anos.
“Temos a certeza de que o trabalho está sendo conduzido da melhor forma. Vacinamos mais de 100% da meta para crianças menores de dois anos e isto mostra que os pais e mães estão preocupados. Porém, queremos melhorar os índices dos grupos estratégicos que ainda não atingiram a totalidade. As gestantes e a ‘galera’ de 20 a 29 anos precisam tomar a vacina”, enfatizou o governador Orlando Pessuti.
Ajuda
O governador ressaltou que clubes de serviço, como o Rotary, o Lions e a maçonaria, escolas, igrejas, universidades, associações de Proteção a Maternidade e a Infância (APMIs) e clubes de mães podem ajudar na sensibilização destes grupos. “Precisamos envolver também os comitês municipais para a redução da mortalidade materno-infantil e fazer dos Centros de Saúde da Mulher e da Criança um espaço, onde as dúvidas das gestantes possam sejam esclarecidas”, destacou.
O Paraná foi o estado que mais sofreu com a gripe A (H1N1) no ano passado, quando foram confirmados mais de 60 mil casos da doença e 288 mortes. “Entendo que, neste momento, precisamos alertar principalmente as gestantes para que procurem os postos de saúde. Este grupo é o mais suscetível à doença. Somente a título de informação, no Estado do Pará, norte do Brasil, 25 gestantes não vacinadas morreram em conseqüência da gripe A (H1N1) neste ano”, relatou o secretário da Saúde.
De acordo com ele, nenhum país optou pela vacinação universal, porque não existem doses suficientes no mercado internacional. “Se comprássemos doses extras, elas chegariam somente depois do inverno. O que fizemos para tentar garantir a vacinação para todos os paranaenses, foi pedir ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que a sobra das doses, após a conclusão da campanha, sejam remanejadas para o Paraná. Porém, nada podemos garantir antes do término da campanha”.
Moreira explicou que há medicamento oseltamivir, o popular tamiflu. A Secretaria da Saúde ainda tem estocado no Centro de Medicamentos do Paraná mais de 250 mil tratamentos para adultos e 60 mil tratamentos para crianças. “A venda deste medicamento já foi restrita e agora está flexibilizada, podendo ser vendido nas farmácias populares. Para a compra será exigida a receita em duas vias, sendo, que uma delas deverá ser enviada pela farmácia a Secretaria da Saúde, para que possamos ter controle da situação epidemiológica”, enfatizou.