O Paraná já iniciou os preparativos para o programa “Pare”, executado em parceria do Ministério dos Transportes com os governos dos três Estados do Sul, para orientar os turistas da Argentina, Uruguai e Paraguai que visitam o Brasil na temporada de verão. O objetivo é diminuir o índice de acidentes envolvendo estrangeiros. Além de educativo, o programa também vai fiscalizar os principais roteiros dos turistas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Estamos esperando um aumento de 30% de turistas nesta temporada”, disse o assessor jurídico da Secretaria dos Transportes do Paraná, Maurício Ferrante, que é o representante da Associação Brasileira dos DERs (ABDER) na coordenação do programa. Segundo ele, a maior parte dos turistas do Mercosul que entra no Paraná procede do Paraguai.

Na última temporada – dezembro de 2001 a março de 2002 -, circularam no Paraná, por via rodoviária, 75.395 turistas paraguaios e 28.734 argentinos. Na temporada anterior, foram 78.431 turistas vindos do Paraguai e 45.060 argentinos.

Só no Sul

A operação “Pare” é desencadeada apenas nos três Estados do Sul porque é a rota preferida dos turistas do Mercosul. Os visitantes vêm de automóvel ou avião, optando, neste caso, por alugar carros no Brasil. Para os demais Estados brasileiros, por causa da distância, quase sempre os turistas chegam de avião.

Ao todo, são onze postos de fronteira, de passagem obrigatória, nos três Estados do Sul. Painéis gigantes e iluminados, em espanhol, dão as boas-vindas aos turistas e chamam sua atenção sobre a questão das leis dos trânsitos e as multas. Nos principais roteiros, placas, também em espanhol, orientam os viajantes.

Participam do “Pare”, que é coordenado pelo Ministério dos Transportes, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Rodoviária Estadual, o órgão municipal de trânsito de Foz do Iguaçu (FozTrans), o DER e o Detran. As concessionárias das rodovias pedagiadas no Paraná, principalmente a Rodovia das Cataratas e a Caminhos do Paraná, que atuam sobre a BR-277, rodovia que corta o Paraná, de Foz do Iguaçu a Paranaguá, também atuam no programa.

Entrada no País é controlada

Todo o turista que entra no País recebe uma tarjeta -que é seu visto de entrada. O viajante é cadastrado e a placa de seu carro é anotada. Se o carro receber alguma multa, ele precisa pagá-la para poder circular no País. Um sistema on-line integra as informações nos três Estados do Sul.

O turista recebe também, nos postos de entrada, como Foz do Iguaçu, no Paraná, e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, um kit numa sacola plástica com mapas orientando sobre os pontos turísticos, cartões postais, pontos de informação, rotas mais seguras, praças de pedágio e uma cartilha para crianças, tudo escrito em espanhol, além de um manual de orientação.

O objetivo é orientá-lo sobre o rigor da fiscalização no cumprimento das leis de trânsito, em especial quanto à obrigatoriedade do uso de cinto de segurança, limites de velocidade e regras de ultrapassagem. Se o motorista for autuado por alguma infração de trânsito terá de pagá-la antes de deixar o País. Na cartilha, além de várias recomendações, são detalhadas questões básicas, como o hábito dos motoristas de usar o pisca-pisca para orientar o veículo que vem atrás. No Brasil, diferentemente da Argentina, o sinal de pisca-pisca à direita, é para evitar a ultrapassagem.

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