Paraná ocupa o 10º lugar em ranking de controle de armas

O Paraná ocupa a 10ª posição no ranking dos estados que apresentam boa qualidade no controle de armas de fogo. A Subcomissão de Armas e Munições da Câmara dos Deputados, junto à organização não governamental (ONG) Viva Rio e a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, divulgaram nesta quinta-feira (15) um levantamento preliminar que analisou a forma como as armas de fogo apreendidas pelas forças de segurança pública estão sendo conduzidas pelos estados.

De acordo com a pesquisa, o Paraná apreendeu entre os anos de 2003 e 2006 pouco mais de 10 mil armas. Estas armas foram analisadas e o Estado apresentou um resultado final de 74,9% quanto à qualidade nas informações repassadas, recolhimento e apreensão de armas e cooperação com a pesquisa.

Apresentou ainda índice de 85,8% de colaboração com a pesquisa, através da análise de itens como tempo de resposta ao questionário, se o Estado possui cadastro de armas apreendidas e se este cadastro é informatizado. Em relação ao cadastro de armas, a pesquisa avaliou se existem indicadores como marca, calibre, espécie e número de série. O Paraná aparece com índice de 100%.

Ocorreu ainda a análise de algumas variáveis desejáveis para o estudo, porém não fundamentais. Neste caso, o estudo analisou itens como data da apreensão, órgão, município e delito. O Paraná apareceu com 23,1%. No quesito qualidade, tratando do percentual da variável da marca da arma, calibre, modelo, número de série e espécie sem informação, o Paraná atingiu o índice de 17,2%. Quanto menor o índice, melhor a colocação.

Em relação ao percentual da data de apreensão, o órgão, o município e a variável do delito sem informação, o Paraná aparece com 100%, sendo que o escore deste grupo pontua negativamente. Quanto menor o índice, melhor. O Estado melhorou sua posição no ranking por adotar um sistema mais apropriado de recolhimento, armazenamento e guarda, além de ter informações mais detalhadas sobre os armamentos.

O Distrito Federal foi a unidade federativa que mais colaborou com informações. Por conta disso, foi considerado ponto de referência com 100%. Liderar o ranking, porém, não significa que a situação seja satisfatória. “Para termos uma visão mais realista, seria necessária uma comparação com outros países. Se isso fosse feito, chegaríamos a uma conclusão não tão positiva”, disse o diretor da Viva Rio, Antônio Rangel.

Relatório preliminar

Este é o primeiro estudo do desempenho do poder público nesta área após a aprovação do Estatuto do Desarmamento. A pesquisa levou em conta um universo de 238 mil armas apreendidas nos últimos 10 anos e traçou o perfil dos estados que mais tem avançado no combate ao tráfico ilegal de armas e aqueles que menos têm cumprido o que estabelece o estatuto.

A pesquisa teve início em outubro de 2008 e segue até fevereiro de 2010, quando será apresentado o resultado final do levantamento. O estudo ainda deve rastrear o caminho percorrido pelas armas ilegais e identificar os principais canais utilizados por traficantes e contrabandistas.