Paraná muda atendimento psiquiátrico

O programa de reforma psiquiátrica que a Secretaria de Estado da Saúde está implantando dá novas diretrizes à saúde mental no Paraná. Aumentar os investimentos no atendimento ambulatorial e no controle social, que engloba usuários e familiares, faz parte das metas do programa.

“É importante entendermos que a reinserção social é o foco principal para promovermos a reforma psiquiátrica em nosso Estado”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Murilo Xavier. A secretaria segue as diretrizes do Ministério da Saúde, que tem como enfoque principal o atendimento ambulatorial nos hospitais e principalmente nos centros de Atendimento Psicossocial (Caps), que deverão ser ampliados. Esses centros funcionam como hospitais-dia e concentram as atividades de recuperação e reintegração. No Paraná existem quinze centros desse tipo, cinco só em Curitiba, e a proposta da secretaria é ampliar esse número, instalando unidades nas macrorregiões do Estado.

Outra prioridade é a implantação de uma rede de atenção integral à saúde mental no Estado. Esse processo inclui a municipalização das ações nessa área, transferindo o gerenciamento dos atendimentos às secretarias municipais de Saúde.

Tendência

A tendência hoje em relação à saúde mental é uma mudança de paradigma. Até pouco tempo atrás, todo o atendimento baseava-se em hospitais psiquiátricos. “O Ministério da Saúde propõe a criação de modalidades terapêuticas junto à comunidade que substituam o hospital. Há um custo equivalente, porém com uma qualidade técnica mais alta e com nível de qualidade de vida do paciente muito melhor”, informou o secretário Xavier.

A reforma psiquiátrica no Paraná visa garantir os direitos básicos do doente mental, inclusive o de ter acesso aos melhores recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis, numa rede de serviços diversificada. As novas diretrizes ressaltam ainda a necessidade de políticas específicas para a recolocação social e o reconhecimento da internação hospitalar como mais um dos recursos terapêuticos válidos, desde que de boa qualidade.

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