Paraná lista áreas de risco ambiental

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (Sema) concluiu nesta semana o Mapa das Zonas de Risco Ambiental, onde constam 277 atividades potencialmente impactantes ao ambiente no Estado. O levantamento considerou como zona de risco ambiental toda situação de fragilidade de um ecossistema, bioma, meio físico ou atividade ? área contaminada, instalação industrial, aterros sanitário, industrial ou tóxico, depósitos inadequados ou irregulares ?, que possa romper o equilíbrio e causar desastre ambiental.

O trabalho será disponibizado à comunidade em setembro, no site da Secretaria, em um banco de dados com parâmetros técnicos e legais para localização em bases cartográficas, zonas de risco a partir da divisão político-administrativa do Paraná, localização quanto à rede hidrográfica e em relação às unidades de conservação estaduais e federais, assim como identificação dos empreendimentos, licenciamento ambiental e a existência ou não de planos de contingenciamento em caso de acidentes.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, o mapa é parte da política de atuação preventiva da Secretaria do Meio Ambiente e vai contribuir “para poupar recursos do Estado e nossos recursos naturais”. Os levantamentos foram realizados pelas chefias dos escritórios regionais da Secretaria e de seus órgãos vinculados ? o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa).

Os locais apontados no relatório, apresentado ao secretário na segunda-feira, passarão a ser monitorados mensalmente. “Detectamos que dos empreendimentos listados, 26% não têm sequer licenciamento ambiental. Dos que têm, 60% possuem plano de controle de acidentes. Pudemos com o trabalho ter uma noção do passivo ambiental no Estado”, disse Cheida.

Entre as atividades de risco mais recorrentes no Paraná, foram identificadas fábricas de baterias (que trabalham com chumbo e ácido sulfúrico), fábricas de papel, distribuidoras de combustível, destilarias de álcool, tratamento e disposição de resíduos ( lixões e aterros), regiões de uso intensivo de agrotóxico, regiões de uso intensivo de suinocultura, além de algumas rodovias, cortadas por mananciais. “São rodovias por onde trafegam cargas perigosas e, com o levantamento, poderemos pedir melhorias ou sinalização em trechos críticos”, explicou.

Os maiores problemas foram detectados nas regiões de Cascavel e de Londrina. “Curitiba, por incrível que pareça, está mais controlada, embora tenha também muitas áreas de risco”, disse o secretário. Segundo ele, o estudo está sendo analisado pelo departamento jurídico da Secretaria, para saber como poderá ser divulgado. “Não queremos causar pânico na população, pois existem casos muito diferentes. Há empreendimentos perigosos, onde nunca houve um acidente, e outros onde existe passivo ambiental”, conta.

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