A gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, já causou 107 mortes no Paraná. Desde a sexta-feira passada foram registrados 28 novos óbitos por causa da doença, de acordo com boletim epidemiológico divulgado ontem à noite pela Secretaria de Estado da Saúde.
No Brasil, o número de casos fatais subiu para 371. O Paraná está atrás apenas de São Paulo, onde já foram registradas 134 mortes. O estado do Pará registrou ontem o primeiro óbito, assim como o município de Lages, em Santa Catarina.
No Paraná, a Região Metropolitana de Curitiba é o local de maior concentração de óbitos: 55. Em seguida, aparecem as regiões de Foz do Iguaçu, com 9 mortes, e as regiões de Cascavel e Maringá, com 6 mortes cada uma.
Até agora, o maior número de mortes 10 delas – aconteceu no dia 5 de agosto. Pessoas de 20 a 40 anos, que compõem a faixa formada por adultos jovens correspondem a 50,5% (54 casos) do total de mortes no Estado, seguidos por adultos (41 a 65 anos), com 37,4% do total. Além das mortes, os casos confirmados da doença no Estado chegam a 1.833.
Apesar de os números da doença não estarem em curva descendente no Paraná, as aulas das escolas públicas e particulares foram retomadas ontem em boa parte dos municípios.
Em Curitiba, constatou-se que os cuidados para evitar a transmissão do vírus H1N1 foram reforçados. Nas salas de aula, corredores e banheiros, produtos como álcool gel e sabonete líquido tornaram-se quase tão comuns quanto giz e apagador. Abraços e beijos também foram evitados e, quando possível, aulas acabaram ministradas ao ar livre.
Na capital, a frequência dos alunos dos colégios estaduais foi de cerca de 90%. Nas escolas municipais do oeste do Estado, a frequência escolar foi de apenas 55% do total.
Na região centro-sul, a menor presença foi registrada nos municípios de Prudentópolis, Inácio Martins e Fernandes Pinheiro, com 60% dos alunos nas escolas. No litoral, apenas o município de Guaratuba retornou às aulas, com 85% de presença dos alunos.
Cascavel
A Justiça Federal de Cascavel concedeu liminar que determina que os estabelecimentos comerciais, como shopping centers e cinemas, podem voltar a funcionar. Esses locais estavam fechados desde a semana passada, quando a prefeitura decidiu pela suspensão das atividades para prevenir o contágio da nova gripe.