Paraná inspira livro sobre inclusão digital

A jornalista gaúcha Elyane do Canto está no Paraná para conhecer as ações que o governo do Estado está adotando para promover a inclusão digital. Ela é uma das autoras de um livro que pretende exibir uma radiografia do acesso das comunidades carentes à internet.

Depois de visitar o secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, e o presidente da Celepar, Marcos Mazoni, ontem, Elyane seguiu para Ortigueira, município com piores índices de desenvolvimento humano (IDH) da região Sul, onde está instalado um dos pontos públicos de acesso à internet, os telecentros.

Elyane do Canto é chefe de reportagem da Rádio Guaíba, de Ponto Alegre, e é responsável por elaborar o texto a respeito da realidade da inclusão digital nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná para uma coletânea sobre o tema. O livro, com dados nacionais, deverá ser lançado até o fim do ano com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura.

Paraná

A jornalista diz ter ficado especialmente entusiasmada com o relato de dois jovens de Ventania, outro município que já dispõe de telecentro. Os rapazes ficaram interessados em inscrever-se para a seleção do Ministério da Aeronáutica, mas não dispunham de recursos para obter informações sobre como proceder. A internet permitiu que ambos fossem inscritos. Segundo Elyane, a proposta do livro é avaliar os impactos do acesso à tecnologia sobre a vida das populações mais carentes.

De acordo com a jornalista, levantamento feito em Porto Alegre, onde uma proposta similar à do Paraná levou pontos de acesso à internet aos bairros mais pobres da cidade, demonstrou que ocorre um resgate da auto-estima das pessoas, que se sentem exercendo sua cidadania.

Em Porto Alegre, os locais onde estão instalados os computadores já se tornaram pontos de encontro da comunidade e oferecem oficinas de teatro, videoteca e até editam jornais. Nos sábados, as famílias têm acesso privilegiado, permitindo assim que a população tenha mais intimidade com a tecnologia.

A Celepar está implantando em vários pontos do Paraná o projeto Paranavegar, que prevê a criação de telecentros nas cidades mais pobres do Estado. São locais públicos que disponibilizam computadores para a população.

Os telecentros são administrados por um comitê gestor que tem a participação do governo estadual, municipal e comunidade. Uma pessoa da própria comunidade é treinada e atua como multiplicador, repassando as informações e ensinando a utilizar os equipamentos.

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