Para prevenir acidentes, os 65 municípios do Paraná que possuem barragens para a geração de energia passam a contar com um modelo de Plano de Contingência, elaborado pela Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil do Estado. O plano deve orientar gestores das cidades incluídas em áreas de impacto, sobre como agir em situações de risco.
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O coordenador de Defesa Civil do Paraná, coronel Ricardo Silva, destaca a necessidade de ações preventivas por todas as instâncias. “Todos somos responsáveis por barragens e cada município tem sua responsabilidade local”, afirma Silva, que ainda lembra da existência de riscos. “É importante frisar que toda barragem tem um dano potencial associado, seja menor ou maior, por isso, toda instância – federal, estadual e municipal – precisa assumir sua responsabilidade”, diz ele.
As ações para apresentação do modelo do plano de contingência de barragem aos representantes dos municípios foram articuladas pela Defesa Civil e contou com a participação das empresas responsáveis pelos grandes empreendimentos de geração de energia, como a Copel.
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Segundo os desenvolvedores do projeto, os municípios do Paraná já possuem um Plano de Contingência abrangendo todo e qualquer desastre natural. Assim, o Plano de Contingência Municipal de Barragens, reforça a resposta a desastres exclusivamente para ocorrências com estas estruturas.
Preocupação
Coronel Ricardo Silva explica que desde o rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, há quase 4 anos, as discussões preventivas para eventos deste tipo ganharam mais destaque. “As tratativas sobre as barragens foram intensificadas a partir de 2015 e é uma preocupação constante da Defesa Civil estadual. Fazemos reuniões periódicas visando planos para minimizar riscos, planos de atendimento de emergência e elaboração de planos de contingência, ou seja, já é um assunto do nosso dia a dia”, disse.
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As discussões são realizadas pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná junto com um grupo de trabalho, composto pela Sanepar, Instituto das Águas, Crea/PR, Copel, Departamento Nacional de Produção Mineral do Paraná, Instituto Ambiental do Paraná e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências. Da intensa troca de informações entre as instituições foi instituído oficialmente em outubro do ano passado, através decreto nº 11.381, o Comitê Paranaense de Segurança em Barragens.
Geração de energia
Responsável pela geração de energia, a Copel informa que já produziu o Plano de Segurança de Barragem (PSB) e o Plano de Ação Emergencial (PAE), exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os documentos referentes a vinte barragens operadas pela companhia foram finalizados no ano passado. Além disso, a empresa afirma que trabalhou em conjunto com a Defesa Civil estadual e dos municípios para que os documentos fossem de conhecimento local.
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“Nos reunimos para apresentar o Plano de Segurança de Barragem e principalmente o Plano de Ação Emergencial, mostrando qual a responsabilidade que cada um possui em caso de um desastre, seja da empresa, do Estado ou do município para que possamos trabalhar com transparência perante as pessoas”, disse a engenheira de manutenção civil do setor de barragens da Copel, Isabela Cristina da Silva.
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