Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) coloca o Paraná entre os cinco estados brasileiros com maior oferta de tecnologias privadas para tratamento e disposição de resíduos industriais no País. Em número de unidades privadas para tratamento do lixo industrial, o Estado perde apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
O Paraná tem quatro plantas de co-processamento de resíduos, que utilizam o lixo fabril como combustível para fornos de cimento, e um aterro privado de classes 1 (para resíduos perigosos) e 2A (para resíduos não- perigosos e não-inertes). Em São Paulo, existem 26 unidades. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, onze, e na Bahia, seis.
?As cinco unidades existentes no Paraná indicam que o Estado tem uma boa infra-estrutura para atender seus resíduos industriais. Isso é importante para o desenvolvimento e a sustentabilidade não só da região, mas de todo Brasil?, comenta o presidente da Abetre, Diógenes Del Bel. ?O setor privado tem, atualmente, um papel bastante importante na minimização de impactos ambientais gerados pela produção de resíduos.?
O setor privado brasileiro, segundo a Abetre, trata anualmente 8,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Deste total, 6,5 milhões são enviados para aterros, 64 mil para incineração industrial e 690 mil para co-processamento em cimenteiras e unidades de blindagem. ?Os dados mostram que o volume total dos resíduos é responsável por um faturamento de R$ 1,5 bilhão nas 112 unidades privadas ativas de disposição de rejeitos (existentes no Brasil) e o conseqüente crescimento de 10% dos negócios sobre os índices anteriormente averiguados.?
O levantamento feito pela associação não especifica a quantidade de resíduos sólidos tratados pelas empresas privadas no Paraná. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem um produto interno bruto (PIB) industrial de R$ 81,3 bilhões.
