O Paraná teve confirmados ontem, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mais 19 óbitos causados pelo vírus influenza A (H1N1), causador da gripe suína, elevando para 59 o número de mortes no Estado.

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Destas novas vítimas, seis residiam na região de Curitiba, três em Maringá, dois em Toledo, dois em Pato Branco, dois em Cianorte, dois em Cascavel, um em Apucarana e um em Campo Mourão.

Isso coloca o Paraná em segundo lugar no número de vítimas da doença, ultrapassando o Rio Grande do Sul (55 casos confirmados) e atrás apenas de São Paulo, com 111 mortes.

A Sesa ainda aguarda 2.315 amostras de análise laboratorial, que por enquanto entram na estatística de casos suspeitos, e descartou 1.537 contaminações associadas à nova gripe.

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Desde que começou a se contabilizar mortes no Paraná, por causa do A (H1N1), a média tem sido de duas mortes por dia no Estado. A mais recente ocorreu em Foz do Iguaçu, ontem, onde a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte de uma paciente de 26 anos que estava na UTI desde o dia 19 de julho.

De olho nos novos dados, e depois de ouvir especialistas sobre o assunto, as universidades Federal do Paraná (UFPR), Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Estadual de Londrina (UEL) resolveram adiar a volta às aulas pela terceira vez. UFPR e UTFPR marcaram a nova data de retorno dos alunos para o dia 24, enquanto a UEL optou pelo dia 31.

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Mesmo com o novo adiamento, a UFPR informou que o calendário acadêmico será concluído ainda este ano. As datas do vestibular estão preservadas e as formaturas serão flexibilizadas.

Os alunos que não queiram colar grau com sua turma não precisam mais justificar a ausência e poderão receber o diploma dentro de pouco tempo. Para agendar a colação sem solenidade, os estudantes devem procurar a secretaria de seu setor.

Na UEL, a decisão pelo novo adiamento considerou que 46% dos alunos de graduação são de fora da cidade, o que poderia gerar impactos na rede de saúde, caso os universitários contraiam o vírus da nova gripe. As aulas devem ser repostas dentro de um cronograma que prevê atividades acadêmicas até 15 de janeiro de 2010.

Outras escolas

As escolas e faculdades particulares se reúnem hoje à tarde, em Curitiba, para decidir sobre o assunto, em assembleia convocada pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná (Sinepe-PR).

A prefeitura de Curitiba também deve anunciar hoje como ficará o calendário escolar. Até agora, o governo estadual não se pronunciou sobre uma possível mudança de decisão. A princípio, o retorno às aulas está previsto para a próxima segunda-feira.

Alerta para grávidas e bebês

Luciana Cristo, com agências

Grávidas e bebês pacientes da gripe suína, e que fizerem uso do medicamento Tamiflu, devem ser monitorados pelos profissionais da saúde. O alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi divulgado ontem como forma de reforçar os cuidados com a segurança dos pacientes, já que, segundo o Ministério da Saúde, ainda não existem dados suficientes que permitam uma avaliação definitiva quanto aos efeitos causados pelo remédio.

Para os menores do um ano, a Anvisa recomenda que os médicos façam uma avaliação nas primeiras 48 horas e 30 dias após o uso da primeira dose. As mulheres grávidas devem ser avaliadas neste mesmo intervalo e em até 30 dias após o parto. Todas as suspeitas de reações adversas ao Tamiflu devem ser notificadas.

De acordo com a Anvisa, o cuidado se deve ao risco que crianças e adolescentes têm de desenvolver a Síndrome de Reye. Ela pode ocorrer durante a recuperação de uma infecção viral ou se desenvolver de três a cinco dias após o início da virose, com vômito, letargia, mudanças de personalidade como irritabilidade ou agressividade, desorientação, delírio, convulsões e perda da consciência.

Em Campo Mourão, no interior do Paraná, as funcionárias p&u,acute;blicas grávidas foram afastadas do atendimento ao público. O mesmo vem ocorrendo em outros estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.