Recuse imitações!

Paraná é o 4º estado com mais notas falsas circulando

As chances de acabar com uma nota falsa em mãos são grandes no Paraná. Segundo o Banco Central (BC), o Estado está em quarto lugar na circulação de notas falsas no País. No primeiro quadrimestre deste ano foram retidas 7.055 cédulas falsificadas. As preferidas dos falsificadores são as antigas de 20, 50 e 100 reais e as novas de 100.

Mais da metade (55%) da população economicamente ativa no Brasil recebe o salário em dinheiro, revela pesquisa do BC. Entre os que recebem por conta bancária, 29% retiram o dinheiro no caixa eletrônico. Circulam hoje no País mais de cinco bilhões de cédulas. Esse alto número de dinheiro em espécie em circulação reforça a preocupação com a falsificação.

Até 30 de abril deste ano foram retidas 96.464 notas falsificadas em todo o País. As notas antigas de 50 reais são as mais visadas, equivalendo a 23,8% do total apreendido. Na sequência, aparecem as cédulas antigas de 100 reais, que representam 22,6% do montante, e as novas do mesmo valor (22,4%). Já as notas antigas de 20 reais correspondem a 15,4% do “bolo” recolhido. No ano passado, foram apreendidas 43 mil notas falsas no Estado.

Dá cadeia!

A Polícia Federal (PF) informa que a pena prevista para quem repassa uma nota falsa é de 3 a 12 anos de prisão. Quando uma cédula falsificada é encontrada, é levada à PF a fim de se tentar localizar onde estão sendo confeccionadas.

Prejuízo no comércio

O levantamento do BC aponta que um terço dos brasileiros já recebeu notas falsas. 17% dessas pessoas passaram para frente normalmente, transferindo o prejuízo para os donos dos estabelecimentos em que fizeram suas compras.

Para ter uma dimensão de como a circulação de notas falsas é um problema real, basta conversar com comerciantes. Difícil encontrar algum que não tenha uma história para contar. Proprietário de uma loja de utilidades, Marcio Notomi já teve bastante prejuízo por pegar cédulas falsas. “No começo eu não tinha muita experiência e acabava pegando”, conta. “Tem que conferir na frente do cliente mesmo, principalmente as de 20, 50 e 100 reais. A gente tem que ficar sempre de olho”, comenta.

Antonio Luiz Treska, que trabalha na mercearia do filho, depois de pegar várias notas falsas aprendeu a lição. “Tem comerciante que fica inibido, mas eu confiro na frente dos clientes mesmo, não quero nem saber”, diz. Ele guarda duas notas de 100 reais falsificadas como lembrança. “Não dá para dizer que são falsas, ainda mais com movimento”. Treska comprou um aparelho que passa sobre as notas e, quando elas são verdadeiras, ele apita. “Desde que comprei não tive mais problemas”, revela.

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