A polícia do Paraná é citada em relatório da organização Human Rights Watch (HRW), que denunciou ontem 64 casos de torturas e violações dos direitos humanos ocorridas no Brasil nos últimos quatro anos, e afirmou que pelo menos 150 policiais estariam envolvidos. A denúncia foi enviada pelo grupo de direitos humanos à presidência e ao Congresso Nacional, e foi entregue também a vários meios de comunicação.
Segundo a HRW, os casos denunciados ocorreram nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Bahia desde 2010 e em 40 deles foram verificadas situações de tortura física, enquanto os 24 restantes estavam relacionados a “tratamentos cruéis, desumanos e degradantes”.
Entre os casos, está a tortura dos suspeitos do assassinato da menina Tayná Adriane da Silva, no ano passado, em Colombo. “Agentes da segurança publicado Estado do Paraná foram denunciados criminalmente pelo espancamento, sufocamento e aplicação de choques elétricos a quatro homens para forçá-los a confessar o estupro e assassinato de uma menina de 14 anos em julho de 2013”, diz o relatório.
Na ocasião, quatro pessoas detidas afirmaram que sofreram abusos físicos, sexuais e psicológicos, feitos por policiais da Delegacia do Alto Maracanã. As denúncias renderam o afastamento de vários policiais das funções. Os homens detidos foram soltos após a denúncia de tortura e acabaram incluídos no Programa de Proteção a Testemunhas.
