O Paraná, por meio de movimentos sociais, está dando início a uma campanha de solidariedade aos povos do Caribe atingidos pelos furacões Ike e Gustav. Catástrofes naturais que atingiram aquela região da América há pouco menos de um mês deixaram um rastro de destruição em Cuba, Haiti e Jamaica. Quase 3 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e parte da infra-estrutura de algumas cidades foi destruída.

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“Diante desse fato, não podemos dar as costas à tragédia que atingiu essas pessoas. Embora saibamos que há muito o que fazer em nosso País, é em momentos como esses que demonstramos nossos valores humanos”, afirma Gladys Floriani, dirigente da Casa Latino Americana (Casla), entidade que há cerca de 20 anos luta pela democracia e em defesa dos povos da América Latina.

As ações nesse sentido vêm sendo coordenadas por meio de outras entidades também. Além da Casla, integram o Comitê de Apoio e Solidariedade a Cuba, Haiti e Jamaica o Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefúria), Sindicato dos Bancários de Curitiba, Serviço de Paz e Justiça (Serpaj), Central Única dos Trabalhadores no Paraná (CUT-PR), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Soy Loco Por Ti e Centro Jesuíta de Cidadania e Assistência Social de Curitiba (Cepat).

Essas entidades, que integram o movimento social em Curitiba e no Paraná, estão realizando os ajustes finais para o recolhimento de mantimentos e material de construção, num segundo momento da campanha.

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Ajuda

Por enquanto, de concreto, há uma disposição do Estado do Paraná no sentido de recolher alimentos. “Nesse primeiro momento, como já existe um navio que fará o transporte até o Caribe, vamos nos concentrar em recolher alimentos”, explica o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, que se mostrou bastante otimista com a possibilidade de obter 1.500 toneladas de alimentos.

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É nesse sentido que Bianchini se comprometeu em entrar em contato com todas as entidades do setor de agricultura do Paraná. “Vamos falar com as organizações dos agricultores do Estado”, reforçou o secretário, que já fez os primeiros contatos e ainda falará com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetraep), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e Federação da Agricultura no Paraná (Faep).

Para Bianchini, diante da tragédia que se abateu sob os povos dos três países, o momento é de mutirão contra a fome. “Tanto o Governo Federal quanto o Governo do Paraná já se sensibilizaram e estão preparando o envio de alimentos nesse primeiro momento”, finaliza Bianchini.