O governo do Paraná anunciou nesta quinta (26) que mantém a política de isolamento doméstico para enfrentamento à epidemia do novo coronavírus, que já contabiliza 97 casos confirmados no estado. O governo anunciou, ainda, que está contratando nos próximos 10 dias 317 novos leitos de UTI adulto para internamento de casos graves da Covid-19. “Vamos continuar com o plano. Fazer isolamento social, isolamento de setores do comércio, mantendo a indústria em funcionamento e a cadeia logística que é fundamental para que o estado não pare”, afirmou o governador Ratinho Junior. Curitiba também anunciou nesta quinta-feira o aumenta no número de leitos de UTI e de profissionais pra atender pacientes com Covid-19.
De acordo com o secretário da Saúde, Beto Preto, o estado conta hoje com 3.603 leitos de UTI, entre contratados ao SUS e privados, e pode ampliar esta rede conforme a necessidade.
O número total de leitos de tratamento intensivo inclui UTIs neonatal, pediátrica, de queimados e de doenças coronarianas, por exemplo. O número de UTIs adulto, as imediatamente adequadas para o tratamento de casos graves de Covid-19, é atualmente de 2.258, sendo 1.315 no SUS e outras 943 na rede privada. “Temos leitos suficientes, sim. Temos números superiores na conta de UTIs do que muitos países da Europa. Temos per capita mais leitos de UTI no Paraná do que na Itália”, disse Beto Preto.
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Além da contratação imediata de leitos de UTI, o estado também fará a ativação nos próximos 10 dias de outros 731 leitos de enfermaria. Conforme a evolução da epidemia a equipe da Saúde do estado prevê uma segunda e terceira etapas, considerando a contratação de outros 188 leitos de UTI e 450 leitos de enfermaria em 45 dias e ainda mais 180 leitos de UTI e 430 leitos de enfermaria em 90 dias, totalizando 685 novos leitos de UTI e 1.611 novos leitos de enfermaria exclusivos para o combate à Covid-19.
“Mantemos a previsão de 10 mil casos [de Covid-19] no Paraná. Trabalhamos com a hipótese de uma explosão de casos que pode chegar a 30 mil, desses com 15 a 20% de pacientes com necessidade de internamento e, desses, de 15 a 20% que tenham necessidades de internamento em leitos de UTI”, afirmou o secretário da Saúde. Os recursos para a contratação emergencial são em menor parte do Ministério da Saúde e maior parte do Tesouro do Estado, incluindo repasses dos demais poderes, segundo o governo.
Ainda de acordo com o secretário da Saúde, o Paraná deve utilizar somente a rede hospitalar própria para o combate à pandemia, não necessitando da montagem de hospitais de campanha e outras estruturas provisórias.
Quarentena e isolamento
“O Paraná não está em quarentena. O Paraná está em isolamento social. Alguns setores com maior fluxo estão restritos a trabalhar. Pode ser que em algum momento tenhamos quarentena? Pode, conforme o desempenho do número de infectados”, afirmou o governador Ratinho Junior.
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“Amanhã (27) se completa um ciclo de 14 dias do vírus no Paraná. Amanhã avaliaremos se é necessário ampliar o isolamento ou se podemos flexibilizar. Nossa recomendação é que as pessoas, aquelas que puderem, continuem a ficar em casa. Se tiver um aumento grande de casos, vamos ter que ser mais rígidos”, completou o governador, respondendo que o estado tem se baseado nas orientações dos órgãos internacionais de saúde e no exemplo de países que têm obtido mais sucesso no combate à pandemia para definir sua política de enfrentamento ao contágio.
Como prevenir a contaminação por coronavírus
- Lavar as mãos com frequência/ ou utilizar álcool 70%, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
- Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis, e depois lavar as mãos).
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