Professores das escolas estaduais de todo o País realizam hoje um dia de paralisação. Os trabalhadores vão protestar contra o piso nacional proposto pelo governo federal de R$ 850 para 40 horas de trabalho que, segundo eles, não está definido se vale para todos os tipos de titulação e não inclui funcionários de escolas. Outro motivo da manifestação é a Emenda 3, que tramita no Congresso Nacional. A aprovação da emenda afetaria diretamente os direitos trabalhistas dos profissionais.

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No Paraná, os professores reivindicam reajuste de 56,94%, o que equipararia a categoria aos outros servidores com curso superior no Estado, e ainda o Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS) para os funcionários de escolas.

As manifestações são realizadas para celebrar a 8.ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. Em Curitiba, os professores vão se concentrar às 9h na Praça Santos Andrade, de onde farão uma marcha ao Palácio Iguaçu. À tarde, por volta das 15h30, eles vão realizar uma assembléia no Colégio Estadual do Paraná para discutir os rumos da manifestação. De acordo com o secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Luiz Carlos Paixão, o governo estadual propôs, na semana passada, um reajuste de 17,20% nos salários e reposição anual das perdas inflacionárias. ?Sabemos que o governo não tem condições de fazer a equiparação de uma vez só. Mas vamos discutir essa proposta?, afirmou. Com relação ao piso nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) propõe piso de R$ 1.050 para professores de nível médio. Embora a categoria no Paraná não saiba exatamente se a proposta de R$ 850 é para nível médio, é assim que está sendo considerada pela APP-Sindicato. Já para nível superior, a CNTE propõe piso de R$ 1.575.

A questão do piso salarial também será discutida na assembléia de hoje. De acordo com Paixão, no Paraná os professores de primeira a quarta série recebem R$ 360 para trabalhar 20 horas semanais, e R$ 720 para 40 horas. Já os educadores do ensino fundamental e médio recebem R$ 515 para trabalhar 20 horas, e R$ 1.030, para 40 horas. A APP prefere não cogitar uma greve antes da assembléia de amanhã.

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