Parado o transporte de cargas na fronteira

Está praticamente zerado o transporte de cargas brasileiras para o Paraguai e vice-versa. Caminhoneiros brasileiros continuam parados na rodovia próxima à aduana da Receita Federal, em Foz do Iguaçu, desde a última terça-feira. O movimento é repetido do lado paraguaio. Os caminhoneiros questionam a retenção de 25% do valor do frete dos paraguaios quando vêm ao Brasil.

A cobrança do Imposto de Renda (IR) retido na fonte gerou represália do governo paraguaio, que também está cobrando dos caminhoneiros brasileiros que vão ao Paraguai. “Eles estão cobrando R$ 187, mas ameaçaram dobrar o valor se a situação não for resolvida”, reclamou o delegado do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado do Paraná (Sindicam), Jeová Pereira.

Ele disse que cerca de cinco mil caminhões brasileiros e doze mil paraguaios estão parados. “Nós levamos toda alimentação básica, como arroz, óleo, feijão, produtos de limpeza, além de diesel, defensivos agrícolas, adubos, lubrificantes e máquinas agrícolas ao Paraguai. Em contrapartida, de lá vêm óleo vegetal, farelo de soja, milho, amendoim e outros grãos”, explicou o caminhoneiro. Ele disse que é mais lucrativo para o caminhoneiro brasileiro ficar parado do que ir até o Paraguai e ter que pagar vários encargos. “Num frete de R$ 1.450,00 temos que pagar o pedágio, o combustível e agora essa taxa. Não sobra praticamente nada”, revelou, destacando que a paralisação é por tempo indeterminado.

O delegado substituto da Receita Federal em Foz do Iguaçu, José Carlos de Araújo, afirmou que a Receita apenas cumpre a legislação do IR. Por isso, o órgão, nem em Foz nem em Brasília pode fazer nada.

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