Curitiba recebe hoje a 12.ª edição da Parada da Diversidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O tema proposto para esse ano pela Interpride, associação internacional de organizadores de eventos voltados para esse público, é “Seus direitos, nossos direitos, direitos humanos”, que busca a promoção dos direitos humanos para pessoas LGBT e também luta por legislações específicas para eles.
O evento na capital paranaense será organizado, pelo quinto ano consecutivo, pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad). De acordo com o coordenador geral da Appad, Márcio Marins, a expectativa para o acontecimento é grande.
“Esperamos um público de, no mínimo, 100 mil pessoas, a exemplo do ano passado. A parada realizada no Paraná tem duas características marcantes: a de ser um evento que leva também famílias e também por ser bem politizada, que dá um tom diferenciado para nossa marcha”, avalia.
Marins revela que, nas últimas duas décadas, houve avanço no Brasil nos direitos dos LGBT, ainda que lamente ter que utilizar esses mecanismos. “Temos buscado os nossos direitos para que existam leis específicas para gente, muito embora, às vezes, nos sentimos como animais em extinção por necessitar disso. Sou como qualquer outro cidadão, que trabalha e paga impostos e, em uma sociedade perfeita, não haveria essa necessidade. Mas pelo menos estamos sendo ouvidos”, afirma.
Os estados que mais se destacam nessa luta são o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. O Paraná, segundo Marins, ainda não avançou nesse sentido. “Os políticos paranaenses, em sua maioria, são muito conservadores e isso faz com que não consegamos evoluir nos nossos direitos”, lamenta.
A 12.ª edição da Parada da Diversidade LGBT inicia às 13h, na Praça Dezenove de Dezembro, no centro da capital. Às 15h a marcha segue em direção do Palácio Iguaçu, onde um palco foi montado para a apresentações musicais.