Nem mesmo o dia cinzento e o frio tiraram o brilho e o colorido da Parada da Diversidade, que reuniu lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), na Avenida Cândido de Abreu, Centro Cívico. O tema da passeata deste ano foi “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”. Apesar de toda a empolgação dos participantes, a previsão inicial de 120 mil pessoas ficou abaixo do esperado.
Além dos tradicionais trios elétricos de casas noturnas para o público LGBT e muita gente fantasiada, famílias foram assistir ao desfile da diversidade. Para Cleiton Farias da Silva, a parada gay, como também é conhecida, serve para os homossexuais reivindicarem seus direitos. “As pessoas não precisam aceitar o homossexualismo, porém, elas devem respeitar a nossa opção. Infelizmente ainda rola muito preconceito. Acredito que aos poucos a população vai nos aceitar”.
Política
A vendedora Léia Santos, que pela primeira vez participou da parada, conta que foi para se divertir e gostou bastante de participar do evento. “Acredito que a passeata faz com que a nossa imagem fique melhor perante a sociedade. A única coisa que não gostei muito é a de que misturaram muita política”. Léia reclamava da quantidade de bandeiras de candidatos que se misturavam com as cores do movimento LGBT. Os grupos de cabos eleitorais se intercalavam entre os cinco trios elétricos, que percorreram a avenida, até o palco montado em frente ao Palácio Iguaçu, onde os participantes prolongaram a festa.
Os noivos Paulo Moraes e Sérgio Araújo também reclamaram de alguns detalhes, mas confessaram que o clima da festa estava muito bom. “Poderia ser melhor organizado, mas no geral, a passeata está aprovada. Percebo que a população está menos preconceituosa”, opinou Moraes. Eles pretendem se casar em janeiro e, conforme contaram, até agora não sofreram nenhum tipo de discriminação. “É bom ver que as pessoas estão nos aceitando melhor, ainda que uma parte dela insista em nos tratar de forma inadequada”.