Para o MP, TJ não tem competência para decidir feriado

Entidades do movimento negro de Curitiba ganharam ontem (07) importante trunfo na luta pela manutenção do feriado do Dia da Consciência Negra. No entendimento do Ministério Público do Paraná, o Tribunal de Justiça não tem competência para avaliar a constitucionalidade da lei que instituiu o dia de folga em 20 de novembro.

A avaliação foi divulgada ontem, após reunião entre integrantes do MP e representantes do comitê de defesa do feriado, criado por 20 entidades, sindicatos e ONGs. O encontrou teve participação do presidente da Câmara, Paulo Salamuni, e da vice-prefeita Mirian Gonçalves.

O MP, porém, ainda vai avaliar qual providência tomará em relação à liminar do TJ que suspendeu o feriado. Enquanto isso, as entidades se articulam para tentar derrubar a liminar. “Vamos entrar com dois recursos no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a nulidade dessa decisão. Estou confiante que a gente terá sucesso ainda para o feriado deste ano”, diz o professor Romeu Gomes de Miranda, ex-presidente do Conselho Estadual da Educação e integrante do comitê.

O TJ decidiu suspender o feriado após receber Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela ACP e pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon). As entidades questionam a validade da lei que instituiu o feriado e dizem que o dia de folga vai causar prejuízo de R$ 160 milhões à economia do município.

Marcha

O movimento está preparando ato em defesa do feriado para terça-feira, a partir das 13h. Os manifestantes vão se reunir em frente à sede do tribunal, no Centro Cívico, e marchar até o prédio da Associação Comercial do Paraná (ACP), na Rua XV de Novembro.

Caso as tentativas de reverter a decisão judicial não surtam efeito, os defensores dos afrodescendentes vão chamar a população para o boicote ao comércio no próximo dia 20.

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