Um verdadeiro “batalhão” de estudantes estará se movimentando amanhã, para a volta às aulas. Ao mesmo tempo, outro batalhão este de homens e mulheres fardados e especializados em segurança também se colocará de prontidão para que o início do ano letivo seja tranquilo.

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Sob o comando do tenente-coronel Douglas Sabatini Dabul, o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária estará cuidando do entorno das mais de duas mil escolas da rede estadual em todo o Paraná (só em Curitiba são 187).

Também responsável pela coordenação do Proerd (programa que orienta os alunos para evitarem a violência e as drogas), o oficial promete para 2010 um trabalho de incentivo aos pais dos alunos, para que participem mais da vida estudantil da garotada.

Enfático, Dabul diz que é preciso lembrar que “professor dá aula, polícia faz segurança externa e pais tem que ter responsabilidade sobre os filhos mesmo dentro da escola”.

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Quando mais os pais vão à escola, menos incômodos eles tem, assegura o oficial, que abrangerá nas atividades do Batalhão Escolar um “currículo de pais” de forma a também treiná-los na prevenção das drogas.

Contatos estão sendo feitos com empresas e com a Associação Comercial de Curitiba, para que iniciativas empresariais que facilitam a ida dos pais aos estabelecimentos de ensino sejam conhecidos e incentivados.

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Outro ponto reforçado pelo oficial é a necessidade da exigência do uso do uniforme escolar, que identifica de imediato o aluno, promovendo maior segurança. “Sem contar a economia que os pais fazem ao longo do ano, não precisando comprar tantas roupas”, comentou.

Responsabilidade educacional

Redação

O ex-professor de Biologia e Física Raphael Rigoti, 31 anos, sentiu na pele a dificuldade de gerenciar problemas com alunos em sala de aula sem a participação dos pais.

Durante quatro anos ele lecionou no ensino fundamental e no médio, em escolas públicas, e decidiu “pendurar as chuteiras” como professor. Hoje cursando Pedagogia, ele foi trabalhar no setor de recursos humanos de uma grande empresa, e então descobriu a dificuldade encontrada pelos funcionários para se ausentar do trabalho e participar de atividades nas escolas dos filhos.

Observando os dois lados concluiu que já passou da hora das empresas desenvolverem programas de responsabilidade educacional. “Da mesma forma que se faz com a preservação da natureza e com a responsabilidade social”, lembra o ex-professor, que luta para que sua idéia seja aplicada.

De acordo com Rigoti, a empresa teria funcionários mais satisfeitos com o trabalho, sem remorso por não poder acompanhar a vida escolar dos filhos; os filhos teriam maior desempenho escolar e dariam menos problemas aos pais; o trabalho nas escolas seria mais reconhecido e respeitado por pais e alunos; professores satisfeitos teriam desempenho melhor.

E numa visão mais futurista, este alunos beneficiados poderiam se transformar em clientes e até colaboradores da empresa, porque manteriam um vínculo sentimental com ela.

Rigoti e o coronel Dabul, homens de diferentes formações e experiências, unidos pela mesma idéia conclamam a comunidade a abraçar a causa. Resta aos empregadores e aos pais fazerem a parte deles.