A polêmica em relação às escolas estaduais continua. A questão agora não é a fila de pais que pernoitam para conseguir uma matrícula para seus filhos, mas sim os locais para os quais as crianças foram transferidas. Por essa razão, pais que moram na região do Bairro Alto, em Curitiba, estão reclamando que seus filhos foram encaminhados para escolas na região do Tarumã e até Pinhais, mesmo existindo outro colégio no próprio bairro.
Para Sônia Regina da Conceição, desempregada, a situação é muito complicada, pois ela não tem condições financeiras de pagar o transporte para o filho. Ele, que vai cursar a 5ª série do ensino fundamental, foi encaminhado para uma escola no Tarumã.
Conta de luz
De acordo com a chefe do departamento de infra-estrutura da Secretaria de Estado da Educação, Ana Lúcia Albuquerque Schulmann, o processo de seleção de alunos é feito por meio da conta de luz. Após obter o endereço do estudante, o sistema computadorizado seleciona o colégio mais próximo e que possua vaga. “Não adianta ter um colégio ao lado de casa, se ele não tem condições de ter mais alunos. A prioridade é para aqueles que já estavam estudando no local”, acrescenta Ana.
Segundo ela, o melhor procedimento para os pais, nesses casos de serem tranferidos para colégios distantes da moradia é, primeiramente, matricular seus filhos na escola determinada pelo governo para garantir o estudo. Depois devem obter informação se a escola desejada possui vaga. Essa informação pode ser obtida por meio do telefone 0800-416200. Caso a resposta seja positiva, os pais devem ir até o local e preencher a vaga, não esquecendo de cancelar a anterior. O prazo para este processo vai até o início das aulas, que é 9 de fevereiro.
