A proximidade do Dia das Crianças já movimenta o comércio. Por causa das condições desfavoráveis da economia, a tendência são presentes mais baratos e pagamentos mais rápidos. Dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) indicam que o crescimento no Paraná deve ser de 5% em relação ao ano passado, contra 4% da média nacional, apontada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor é o menor desde 2004, quando o crescimento foi de 3,1%.

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No Estado, cerca de 65% das pessoas pretendem presentear, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio). A sondagem indicou ainda que o valor médio a ser gasto no presente é de R$ 50 a R$ 150. Mas 21% dos entrevistados pretendem gastar menos de R$ 50. De acordo com André Ferreira Soares, economista e consultor da CDL, representante do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), as pessoas não pretendem se endividar neste momento. O valor mais baixo será pago à vista ou em poucas parcelas. “Os pais preferem gastar menos agora, para dar algo melhor no fim do ano, usando o 13.º salário”.

Escolhas

Priscila Takata, coordenadora de pesquisa da Fecomércio, concorda com a intenção de não endividamento. Ela destaca que 67% dos pais escolhem o presente, contra 33% dos filhos. Para Priscila, a data deve movimentar o mercado, mas está longe das principais. “É a quarta melhor data para o setor. Natal, Dia das Mães e dos Pais estão na frente”.

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A pesquisa da Fecomércio revela que 77% das crianças deve ganhar brinquedo, contra 12% de sapatos e roupas, 10% de jogos eletrônicos e 1% de celulares, tablets e notebooks. José Ricardo de Paula e Eliane Sousa pretendem gastar até R$ 100 no presente. “Estou desempregada”, diz Eliane, que não quer se endividar. Na contramão da maioria, o casal Francilei Julio Vieira e Luciana Rodrigues Vieira se prepara para desembolsar R$ 700 no presente dos filhos Gabriel e Kethelen.