Equivocos

Pai de garota atropelada perto de escola dá versão de acidente

O produtor de eventos Denilson Vieira Dias, 36 anos, pai de Beatriz Pereira Dias, 8 anos, atropelada terça-feira (7) perto da Escola Municipal Araucária, no Bairro Alto, contestou algumas informações dadas à imprensa no dia do acidente. Ao contrário do divulgado, ele disse que sua filha não teve apenas ferimentos leves, muito menos de que a motorista que causou o acidente parou para prestar socorro às vítimas.

A pancada ocorreu no início da manhã, na esquina das ruas Rio Xingu e Sebastião Alves Ferreira, enquanto Denilson levava Beatriz de bicicleta à escola. Ele explicou que viu o Astra se aproximando. No entanto, como a motorista não ligou o pisca e ele e Beatriz seguiam numa rua preferencial, ele acreditou que a mulher seguiria reto e por isto atravessou a rua. Mas, para surpresa dele, a motorista do Astra virou a esquina e atingiu pai e filha na bicicleta. “Esse momento da batida eu não consigo lembrar de nada. Só me lembro do carro chegando perto e depois eu com as mãos no asfalto, procurando minha filha. Você pode ver que o Astra está com o vidro quebrado. Quem assistiu diz que fui eu que bati de costas no vidro, e não a Beatriz. Não lembro nada disso”, relatou o produtor.

Socorro

Segundo a versão de Denilson, a condutora do Astra não prestou socorro. Ela só parou uma quadra adiante porque outro motorista a seguiu e a fechou no trânsito, obrigando ela a parar. “Mas ela nem saiu do carro, nem veio ver como minha filha estava, ver o que aconteceu. Ela não prestou socorro não. Ficou dentro do carro com medo da população linchar ela. E depois que ela saiu, ainda disse que não fez nada, que não tinha sido ela. Me contaram que é uma pessoa idosa e que não tem carteira de habilitação”, lamentou Denilson.

O pai contou que Beatriz precisou levar pontos na virilha e que foi levada pelo Siate com suspeita de hemorragia interna. “Isso não é ferimento leve, como disseram”, rebateu o pai. Felizmente, o sangramento era apenas por causa do corte e, nesta quarta-feira (8), a estudante já estava de volta em casa, recuperando-se. Denilson também disse que estava sentindo muitas dores no corpo, principalmente nas costas.

No dia da batida, a motorista foi levada à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), no Capão da Imbuia. Ela assinou termo circunstanciado e foi liberada. Para dar continuidade às investigações, a Dedetran aguarda que Denilson compareça à delegacia para dar queixa contra a motorista.

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