O Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep) sugere que cerca de 35% das padarias em Curitiba podem estar operando de forma irregular. Segundo o presidente do Sipcep, Joaquim Cancela Gonçalves, essas panificadoras não existiriam formalmente e não realizariam vínculos trabalhistas, concorrendo, desse modo, deslealmente com as que estão legalizadas. ?Não é um problema só em Curitiba. É nacional. Tem lugares que há um índice ainda maior de informalidade?, pondera.
Conforme o diretor de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Moacir Gerolomo, há 351 panificadoras cadastradas em Curitiba. ?Se há clandestinas, não conhecemos. Todas as denúncias que chegam são investigadas.? Ele afirma que os profissionais que fazem a fiscalização conhecem profundamente sua área. Como as licenças sanitárias precisam ser renovadas todo o ano, Gerolomo informa que já foram emitidas 139 neste ano. Além disso, 127 padarias foram intimadas a realizar algum tipo de regularização e 11 foram multadas. ?Quando é necessário, interditamos o estabelecimento, o que ocorreu com uma panificadora neste ano.?
Razões
O motivo de haver o alto índice de informalidade, para o presidente do Sipcep, é a quantidade de impostos e a dificuldade de punição para os estabelecimentos irregulares. ?Os impostos representam 42% do preço final do pão?, afirma. Essa carga tributária, segundo ele, contribui para que empresas regularizadas queiram migrar para a informalidade. ?Além de sermos responsabilizados pelo aumento do preço do pão, ainda vivemos uma concorrência predatória.?