Paço Municipal passará por restauração

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, anunciou no final da tarde de sexta-feira a reforma completa e o restauro do Paço Municipal, imóvel histórico da Praça Generoso Marques que já foi sede do Poder Executivo, do Poder Legislativo, e de 1973 a 2002 abrigou o antigo Museu Paranaense. Há quase dois anos o imóvel estava fechado e tornou-se alvo de vandalismo e invasões.

As obras devem começar em março e levarão cerca de um ano para serem concluídas. O custo total da reforma e do restauro está orçado em R$ 5 milhões. A maior parte do investimento, R$ 3 milhões, será feita com recursos da Prefeitura de Curitiba. Os outros R$ 2 milhões virão metade por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura e metade com a troca de cotas de potencial construtivo – mecanismo adotado pela administração municipal para incentivar a preservação de imóveis com valor cultural, histórico e artístico.

Segundo o prefeito, o edital para licitação das obras e o decreto com autorização para a troca do potencial construtivo deverão estar prontos em 30 dias. Depois de terminadas as obras, a localização privilegiada permitirá que o Paço Municipal seja utilizado para múltiplas funções. "Uma parte do prédio será utilizada como espaço cultural. Também teremos um setor de informações turísticas, um gabinete e um salão de atos para receber autoridades e para audiências públicas", explicou Beto Richa.

O Paço Municipal é uma dos 663 unidades de interesse de preservação (UIPs), imóveis que, por seu valor arquitetônico e histórico, recebem incentivos fiscais do município. Apenas dez deles fazem parte da categoria Unidades de Interesse Especial de Preservação (UIEPs): Reservatório São Francisco, Sociedade Garibaldi, Catedral Basílica, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sociedade 13 de Maio; Capela Santa Maria, Ministério Público, Santa Casa de Misericórdia e a sede da União Paranaense de Estudantes (UPE). Somente as UIEPs podem ser objeto de compra e venda do potencial construtivo.

Apesar de seu grande valor histórico, o imóvel apresenta hoje sérios problemas de conservação, como infiltração de água pela cobertura, deterioração de revestimentos, paredes e tetos de estuque (técnica muito usada no início do século), e o comprometimento de elementos decorativos. A última intervenção realizada na construção ocorreu na década de 70.

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