Mais uma pessoa morreu no Paraná na fila de espera por um leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ana Maria Lanza, 78 anos, aguardou por atendimento em Londrina durante 21 horas e não resistiu. O diretor clínico do Hospital Universitário, Sinésio Moreira Júnior, explica que a paciente deu entrada no HU no dia 30 com infecção urinária. O quadro acabou se agravando e na segunda-feira ela precisou ser transferida para uma UTI. No final da tarde de ontem, outros quatro pacientes estavam na fila.
Sinésio diz que não tem como saber se o prognóstico de Ana Maria teria sido melhor se ela tivesse sido transferida para uma UTI. O quadro clínico dela era bem grave. ?No entanto, sem dúvida alguma estaria melhor assistida em uma UTI?, ressalta.
Segundo Sinésio, não é rotina no hospital a dificuldade em encontrar leitos. Mesmo assim, afirma que é necessária a implantação de mais unidades na região para evitar problemas como esse.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nota ontem afirmando que o HU solicitou, à Central de Regulação, a vaga no mesmo dia da morte da paciente e que a procura teria ocorrido por apenas algumas horas. A capacidade de atender às solicitações hoje é de aproximadamente 97%, quando era de 44% em 2003. Quanto à ampliação de leitos de UTI para a região, a Secretaria de Estado da Saúde está licitando equipamentos para 50 leitos de UTI em Londrina, Ponta Grossa, Irati e Rio Negro.
