Aliocha Maurício / GPP

Motoristas, ciclistas e pedestres
dividem espaço.

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Mais uma ponte na BR-116 está causando problemas à população. Dessa vez é a que faz a travessia sobre o Rio Iguaçu, no quilômetro 124, em direção a Porto Alegre. Praticamente não existe sinalização alertando os motorista da ponte, que é estreita, em nenhum dos sentidos. Para quem vai no sentido Rio Grande do Sul, placas com números indicam que algum obstáculo está por vir, mas não informa qual. O número um, mais próximo à ponte, foi arrancado. Uma outra placa modesta foi colocada no local pelo Rotary Club. Mas pelo seu tamanho, dificilmente um motorista menos atento irá enxergá-la.

Ainda no trecho antes da ponte, no sentido Curitiba, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) faz obras de recapeamento, também sem qualquer sinalização de alerta. O asfalto novo cobriu as faixas e o mato cobre o que sobrou das proteções laterais da ponte – a maioria arrancada devido aos vários acidentes no local. ?O pessoal passa por aqui à noite e nem percebe que está numa ponte?, conta o pintor Aníbal José da Silva. Ele faz a travessia da via todos os dias para ir trabalhar. Relata que quase todos os dias acontecem acidentes no local. ?O problema é que a pista antes da ponte é mais larga, com acostamentos. Então, de repente, sem aviso nenhum, ela estreita?, diz.

Outra reclamação é que a via não possui passarelas para pedestres. Silva vai ao trabalho de bicicleta, e explica que precisa esperar um brecha no tráfego para poder passar pela via de maneira segura. ?Mesmo assim, tenho que correr.? A ponte é a única ligação entre o município de Fazenda Rio Grande e Curitiba. Outro temor de quem faz a travessia é que a ponte sofra o mesmo fim da via sobre o Rio Capivari, que caiu em janeiro, matando uma pessoa. ?Olhando para a estrutura dela, fica difícil confiar?, diz Dranka. O responsável do DNIT pela manutenção da ponte não foi encontrado para comentar as irregularidades. A Polícia Rodoviária Federal, responsável pelo trecho, confirmou que acidentes no local são freqüentes, mas não tem informações sobre o número exato.

Capivari

Por meio de uma nota, a assessoria de imprensa do DNIT informou que os técnicos conseguiram retirar ontem cerca de 20 metros da parte da ponte que está submersa na represa do Capivari, na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga Curitiba a São Paulo. Os destroços foram em seguida, levados a um local seguro e detonados. A previsão é que o restante, aproximadamente 60 metros, seja retirado durante essa semana. A nova via só deve ficar pronta no final de agosto.

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