O Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal) emitirá um parecer sobre a viabilidade da construção da usina hidrelétrica de Mauá, no norte do Estado. A análise é a pedido da Copel, integrante do consórcio que pretende construir o empreendimento. Ontem, o clube ouviu os autores dos projetos de engenharia e transmissão da usina e, na semana que vem, será a vez de organizações não-governamentais e representantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), contrários à construção, apresentarem os motivos de suas opiniões.
De acordo com o presidente do Ceal, Nélson Brandão, todos os dados e explicações emitidos por ambos os lados serão devidamente analisados para a emissão de um parecer. ?Sabemos que a construção de uma usina traz benefícios e prejuízos; é preciso colocá-los em uma balança e ver que lado pesa mais?, adianta.
O que Brandão garante, porém, é que o clube não emitirá um julgamento neutro. ?Vamos dar uma opinião firme, mas baseada nos fatos que vamos apurar.? Ele não descarta a hipótese de ter de pedir à Copel estudos mais aprofundados sobre o empreendimento, como, por exemplo, a localização da usina. ?Tenho certeza que esse parecer será importante para viabilizar ou não a usina de Mauá porque estamos elaborando um estudo muito técnico.?
De acordo com Brandão, o Brasil precisa gerar mais energia. O negócio, agora, é avaliar de que forma isso acontecerá, sendo Mauá uma das pautas importantes desse impasse. Ele prevê que o parecer ficará pronto antes da metade do mês que vem.
