Utilizar um telefone público em Curitiba não é tão fácil quanto deveria ser. Os equipamentos eAnderson Tozato/O Estadostão presentes, em grande quantidade, em diversas localidades. Porém, vários não funcionam, estão depredados, sujos e pichados devido à ação dos vândalos.
No região do Água Verde, por exemplo, nas avenidas Iguaçu e República Argentina, são vários aparelhos fora de funcionamento. Um deles, fica em frente à cafeteria do comerciante Cristian Giorgio.
“Vendo cartões de telefone, mas muitas pessoas que os adquirem não conseguem utilizá-los porque os orelhões não funcionam. Tem gente que tenta usar mais de um aparelho, não consegue e volta para reclamar achando que o problema é no cartão”, comenta.
No Portão, o auxiliar administrativo Luiz Carlos Rocha conta que o orelhão localizado nas proximidades do local onde trabalha é frequentemente encontrado quebrado, sem o gancho e pichado.
“Quando isto acontece, a empresa de telefonia (Oi) vem e troca o equipamento. Mas é só a troca ser finalizada que o aparelho já é danificado novamente”, conta. “Há outro aparelho que fica a cerca de uma quadra do que está perto de meu trabalho. Muitas vezes, os dois estão fora de uso”.
Na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), muitas vezes é comum encontrar orelhões com buracos de bala de revólver, em situações de total desrespeito ao patrimônio público.
“As pessoas não cuidam dos orelhões. Na marcenaria em que trabalho, ainda não temos telefone fixo e muitas vezes dependemos do orelhão para fazer encomendas de materiais. Entretanto, é comum encontrar os equipamentos danificados e sem condições de uso”, diz o marceneiro Ricardo Sypazuk.
Oi
Segundo a empresa Oi, os orelhões sofrem danos diários por vandalismo. Nos quatro primeiros meses deste ano, dos cerca de 61 mil orelhões instalados no Estado do Paraná, 7,3% (4,4 mil) foram danificados por mês.
“A Oi faz periodicamente a manutenção dos aparelhos e conta também com as solicitações de reparo enviadas à companhia pelo canal de atendimento 103 14. As informações sobre orelhões danificados contribuem para que a Oi repare os danos e atenda ao cumprimento do Programa de Metas de Qualidade estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)”, informa a empresa, através de sua assessoria de imprensa.