Onze carros e um ônibus foram apreendidos ontem, na região de Foz do Iguaçu, oeste do Estado, pela Receita Federal. As apreensões são resultado da Operação Rescaldo, deflagrada na sexta-feira da semana passada, logo após o final da Operação Fronteira Sul II, comandada pelo Exército. As atividades visam a manter o combate ao contrabando, evitando que criminosos que aguardavam o final da ação militar retomassem as atividades.

continua após a publicidade

A primeira das apreensões de ontem aconteceu na madrugada, por volta das 3h, em desvios na cidade de Santa Terezinha de Itaipu. Foram retidos cinco carros com produtos contrabandeados. Pela manhã, por volta das 6h, mais seis carros e um ônibus foram apreendidos, dessa vez na BR-277, em Medianeira. Todos os veículos transportavam, segundo a Receita, mercadorias diversas, principalmente informática, eletrônicos, brinquedos e cigarros.

O início da Operação Rescaldo foi silencioso e ocorreu apenas três horas depois do fim da Fronteira Sul II. Somente na última quinta-feira a Receita Federal começou a divulgar informações sobre seu andamento.

Antes das apreensões de ontem, os cerca de 30 servidores do órgão que participam das ações já tinham apreendido, junto com a Polícia Militar, 222 volumes de mercadorias, 11 automóveis e seis furgões.

continua após a publicidade

As atividades, que contam até com apoio aéreo do helicóptero da Receita, se passam principalmente na chamada Zona Secundária, que são algumas estradas rurais, parte da BR-277, Rio Paraná e Lago de Itaipu, além de favelas, hotéis, estacionamentos, guarda-volumes e depósitos da região de Foz.

“Mais importante que os valores apreendidos é a presença fiscal e policial na área”, diz a assessora de comunicação e auditora fiscal da Receita Federal, Cristiane Larcher. “Com isso, o custo do contrabando fica mais caro”, completa. Segundo ela, o início da operação teve grande volume de apreensões, devido ao “efeito surpresa”. Depois, houve uma redução.

continua após a publicidade

Para Larcher, foi importante emendar uma operação com a outra, já que muitos contrabandistas ficam esperando o término de operações grandes para retomar as atividades.

Daqui para frente, ela informa que a Receita adotará uma estratégia de evitar intervalos grandes entre operações. As atividades da Operação Rescaldo não têm data para terminar.