Curitiba é apontada pela ONU como referência em sustentabilidade urbana, transporte e meio ambiente, em relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, divulgado nesta semana.
No estudo Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication (Rumo à Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza), Curitiba é citada em documentos que fazem referência à “cidade verde” e como a capital com a maior utilização do transporte público do Brasil.
“No momento em que o mundo se volta ao desafio da sustentabilidade urbana e ambiental, Curitiba, mais uma vez, serve de referência em temas que vão balizar os debates mundiais em torno do desenvolvimento e que serão o foco da Rio + 20 no ano que vem. Nossa cidade evolui com base no planejamento que tem como referência as pessoas”, disse o prefeito Luciano Ducci.
São destaques de Curitiba apontados pela ONU, a política de integração do uso do solo ao transporte; o pioneirismo na implantação dos ônibus em canaletas exclusivas, que originaram o sistema dos BRTs (Bus Rapid Transit), os investimentos em infraestrutura na preparação para uma “cidade verde” – a capital do Paraná é listada ao lado de Copenhagen, Oslo, Amsterdã, Madri, Estocolmo, Vancouver e Portland -; e o programa Câmbio Verde, de troca de materiais recicláveis por alimentos, como prática de sucesso.
O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, considera que o estudo apresentado pelo Pnuma “desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam”.
“Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta.”
Planejamento – No relatório, o Brasil aparece como um bom exemplo na área de planejamento urbano, sobretudo com as iniciativas implantadas em Curitiba. O relatório ressalta, ainda, a construção no país de 500 mil casas com sistemas de aquecimento solar, resultando em 30 mil novos empregos. A China é o país que mais investe em energia renovável
Foram três anos de pesquisa, envolvendo centenas de especialistas, que confirmam: investimentos de 2% do PIB global em dez setores-chave da economia bastariam para fazer a atual economia poluente e ineficiente em uma economia verde.
Achim Steiner, Diretor-Executivo do Pnuma, afirma que tanto a Convenção da ONU em Durban, que começa a partir do próximo dia 28, como a Rio+20, em junho de 2012, são oportunidades para ampliar a Economia Verde.
“Um novo indicador de riqueza vai além do PIB e internaliza os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levam a um caminho de sucesso e economicamente sustentável.”