“Todas as teorias já foram discutidas, agora é hora de partir para a ação”, é o que afirmou ontem, em Curitiba, a diretora da seção de Organizações Não-governamentais da ONU, Hanifa Mezoui, a respeito do compromisso que os países membros assumiram na conferência de Johanesburgo, realizada este ano, na África do Sul, para melhorar a qualidade de vida mundial. E para ajudar as metas a sair do papel, a ONU está criando uma rede de ação coordenada pela Organização Mundial da Família. O objetivo é fazer com que toda a sociedade, através de Ongs (Organizações Não-Governamentais) e empresas participem junto com os governos nesta luta.
No Brasil, a rede começou a ser formada em abril do ano passado e hoje conta com 310 entidades só no Paraná. Na África, o primeiro contato para a criação da rede já foi feito, depois será a vez do Leste Europeu, Ásia e Estados Árabes. Em 2005 será realizado um encontro mundial.
Em março de 2003 será inaugurado em Curitiba um centro de treinamento que vai servir para a troca de experiências. O local será o primeiro do mundo a entrar em funcionamento e atenderá pessoas de todo o país e da América Latina. Segundo Hanifa, a ONU já aprovou a criação de um fundo para custear a atividade.
Os países membros têm até 2015 para atingirem as metas estabelecidas. Elas visam o combate à fome, desenvolvimento da educação, igualdade entre homens e mulheres, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde da mulher, combate à Aids, malária e outras doenças, e ainda o desenvolvimento auto-sustentável.
Hanifa participa hoje em Curitiba do 5º Encontro Nacional das Associações de Proteção da Maternidade e Infância e Entidades Sociais Afins. Ela aproveitou para conhecer projetos desenvolvidos em parceria pela Fundação de Ação Social da Cidade com o Instituto Pró-cidadania. Gostou do que viu e vai indicar o instituto para se filiar diretamente a ONU. Hoje existem 2.200 ONGs filiados a ONU e apenas 109 são da América Latina. No Paraná o Instituto será a primeira ONGs.