Um ônibus da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi incendiado na madrugada de ontem, por volta das 4h30, em Foz do Iguaçu. A polícia ainda não sabe quem provocou o incêndio, mas uma bomba de fabricação caseira, parecida com um coquetel molotov, foi a causa do fogo. O veículo estava estacionado em frente à residência do policial Edson Tripodi, que estava realizando consertos no ônibus.
Segundo o inspetor interino da PRF em Foz, Júlio Cézar Kloster, o atentado deve ter sido uma represália por parte de quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas e contrabando, que estariam descontentes com as constantes ações da polícia que têm combatido o crime na fronteira. ?Como o ônibus estava estacionado de madrugada e com uma identificação lateral da PRF, foi alvo fácil para o crime?, afirmou o inspetor interino.
O veículo, que ficou completamente destruído, seria utilizado pelo Corpo de Motociclistas da PRF que será instalado na cidade. Por ser um modelo antigo, passou por uma reforma mecânica. ?O policial Tripodi tinha acabado de tirar o ônibus da oficina e como ele também é marceneiro, levou-o até sua casa para fazer mais alguns ajustes internos?, contou Kloster.
Mas quando Tripodi iria levar o ônibus até o posto de fiscalização na BR-277, o veículo não funcionou e ele o deixou em frente à sua residência. De acordo com o inspetor, por causa do horário avançado, ele não encontrou socorro mecânico. Durante a madrugada, uma vizinha disse à polícia que ouviu uma moto parar na rua e logo depois o fogo começou. Ninguém ficou ferido.
Peritos da Polícia Federal recolheram provas no local e fizeram uma perícia do ônibus, que enfim foi levado para o pátio da PRF. Além da investigação policial, que ficará a cargo da PF e da Polícia Civil, será aberta uma sindicância e processo administrativo para saber se foi imprudência ou não do policial deixar o veículo em frente à sua residência.