A partir do próximo dia 1.º, um terço da frota dos ônibus da Linha Verde, em Curitiba, vai rodar integralmente com biocombustível. Até então, alguns ônibus da cidade rodavam com até 50% da mistura de biocombustível.
A experiência vai começar com seis ônibus da linha Pinheirinho – Carlos Gomes, mas deve ser ampliada para toda a frota da Linha Verde até o início do ano que vem.
A perspectiva é do vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e do presidente da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), responsável pelo gerenciamento das linhas de transporte coletivo da cidade, Marcos Isfer.
“A decisão pelo nome da Linha Verde veio do conceito pensado para que, além de plantas nativas ao redor, tivesse desde o início a preocupação com o combustível a ser utilizado”, disse Ducci. Para o vice-prefeito, o desafio será, posteriormente, avançar com o projeto para outros eixos do transporte coletivo da cidade.
Feito à base de soja, o chamado combustível verde, B100, permite redução de até 50% na emissão de poluentes em comparação com o diesel tradicional. O projeto foi desenvolvido por técnicos da Urbs em parceria com empresas fabricantes de motores, operadoras do sistema de transporte, produtores e distribuidores de biocombustível e institutos de pesquisa.
Nessa primeira etapa, a experiência terá acompanhamento para avaliação de consumo, desempenho e emissão de poluentes. Além disso, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai monitorar a qualidade do biocombustível segundo critérios da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A ampliação do projeto, segundo o vice-prefeito, depende da redução no custo – hoje é cerca de 10% mais caro que o combustível normal -, da produção e de incentivos do governo federal.
De acordo com Isfer, outro fator a ser levado em consideração é a frota de ônibus disponível e a sua renovação, já que os veículos mais antigos não são adaptáveis para utilização de biocombustível.
