ONG recebe dossiê sobre mortes

O Movimento das Famílias das Mulheres Mortas de Almirante Tamandaré entregou ontem à ONG internacional Centro de Justiça Global, com sede em São Paulo e no Rio, um dossiê com informações sobre a morte das 21 mulheres que ocorreram na cidade. Eles reclamam que as investigações envolvendo dezessete acusados se referem apenas aos assassinatos de duas delas, e há indícios de apenas ligações com mais duas. Para eles a Polícia e a Secretaria Estadual de Segurança deveriam estar dando mais ênfase ao assunto para resolver os demais casos.

Andressa Caldas, diretora jurídica da organização, disse que, se achar necessário, o órgão vai fazer denúncia aos mecanismos de defesa da ONU e para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos das Organizações dos Estados da América (OEA). O Estado pode ser chamado para responder sobre o assunto.

Elvira da Silva Rosa é mãe de uma das vítimas, morta há quase três anos. “Queria ver quem fez isto na cadeia”, desabafa. Ela reclama da demora, mas elogia o trabalho da delegada Vanessa Alice, responsável pelas investigações. “Ninguém conseguiu o que ela fez até agora”, avalia. Dona Elvira diz ainda que se sente ameaçada e que há um mês foi perseguida por pessoas estranhas.

O Ministério Público arrolou 48 testemunhas de acusação no processo. Até agora foram ouvidas 26 testemunhas e faltam nove. O juiz da Comarca de Almirante Tamandaré, Marcel Guimarães Rotuli de Macedo, marcou para os dia 8 e 9 de outubro o depoimento dos demais. Depois começa o depoimento das testemunhas de defesa. O Estado procurou a delegada, mas ela não foi encontrada para comentar o assunto.

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