ONG que trata de órfãos da aids precisa de ajuda

A ONG Associação Curitibana dos Órfãos da Aids, que cuida de 27 crianças portadoras do vírus HIV, está precisando de ajuda. Na casa, há quatro crianças que necessitam de fisioterapia e outras cinco que precisam de tratamento fonoaudiológico para melhorar seu estado de saúde e ajudar no seu desenvolvimento. Os problemas são decorrentes, principalmente, de complicações provocadas pela doença. Todas tiveram a doenças transmitida pelos pais.

As crianças que vivem na casa têm idade entre 3 meses e 11 anos. Os pais da maioria delas morreram devido à doença. Outras foram abandonadas por falta de condições de criá-las. Algumas possuem problemas na fala e outras necessitam de terapia respiratória e motora. Um dos casos mais sérios é de S.R., que teve meningite ao nascer, ficando com o sistema motor comprometido. Aos 2 anos e 9 meses, não anda, não fica em pé, não firma a cabeça e nem consegue segurar nada na mão. Outra criança com problemas é S.A., 2. Ela precisa praticar a terapia respiratória para fortalecer o pulmão e evitar o ataque de doenças como bronquite, pneumonia entre outras.

Uma das fundadoras da entidade, Amélia Cyedid, conta que seria necessário que os profissionais de saúde fossem até o lar para desenvolver os trabalhos. Uma universidade já se ofereceu para enviar estagiários, mas é fundamental que um profissional fizesse a supervisão. “Mas se a gente tivesse um profissional não precisaria de estagiários”, comenta. Enquanto isso, as crianças vão ficando sem o tratamento. Já as demais conseguem levar uma vida normal e freqüentam normalmente a escola.

Mas, além dos profissionais da área da saúde, a ONG precisa de ajuda para pagar as contas de água, luz e telefone, que ficam em torno de R$ 2.000,00. “Geralmente roupas e alimentos nós ganhamos da comunidade, mas nunca sabemos se vamos ter dinheiro para pagar as contas no próximo mês”, comenta. Cada criança tem um custo mensal de R$ 800,00. A maior parte da renda vem de bazares e bingos.

A casa funciona principalmente com a ajuda de voluntários. No total são treze funcionários e vinte voluntários, que trabalham sem remuneração. Além das crianças que moram no local, a ONG fornece cestas básicas, material escolar, de limpeza e agasalhos para cerca de 150 famílias que têm filhos com a doença.

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