A ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAI) de Londrina resolveu puxar a orelha dos candidatos que sujam a cidade com panfletos no dia da eleição. O integrante da MAI, Carlos Eduardo Levy, diz que além de poluir visualmente as ruas, os panfletos acabam entupindo as galerias de águas pluviais e poluindo os rios. Hoje eles vão entrar com uma representação no Ministério Público (MP) da cidade pedindo a punição dos responsáveis pela sujeira.
No dia das eleições a mesma cena se repete em todas as cidades brasileiras. As ruas próximas aos colégios eleitorais são inundadas por milhares de panfletos com a foto e o nome dos candidatos. É a última tentativa para ganhar o voto do eleitor indeciso. ?No entanto, a população deveria olhar para a foto do candidato e fazer ao contrário. Não votar em quem polui a cidade?, ensina Levy. Além de punir os candidatos pela sujeira da última eleição, a ONG também vai pedir ao MP do Meio Ambiente e Eleitoral providências para que a mesma cena não se repita no segundo turno. ?É preciso aumentar a fiscalização. Nós temos fotos e filmes das pessoas jogando o material nas ruas ainda de madrugada?, diz.
Em Curitiba o problema com a sujeira também foi grande. Normalmente 400 garis fazem a varrição de ruas, mas esta semana o trabalho exigiu um contingente de 700 pessoas. A limpeza começou no domingo e a previsão era que terminasse apenas amanhã. Na capital, na eleição de 2004, foram retirados das ruas 20 toneladas de papéis. Se chove, como aconteceu durante o final de semana, o material fica sujo de areia e não pode nem ser reciclado.