Há quatro meses, moradores e comerciantes da Rua João Reffo, no bairro Santa Felicidade, estão sofrendo com a poeira e com a falta de segurança por conta da paralisação das obras de pavimentação no local.
Segundo os moradores, os trabalhos estariam parados desde a última semana porque os funcionários da empreiteira contratada pela prefeitura de Curitiba para executar a obra estariam há quase quatro meses sem receber salário.
De acordo com os populares, os funcionários da Construtora Pussoli teriam decidido cruzar os braços até que a empresa desse um posicionamento quanto aos pagamentos.
Há dez dias, a empresa informou à reportagem de O Estado que os trabalhos já haviam sido retomados e que o débito com os funcionários seria solucionado. Contudo, até a última sexta-feira, as obras continuavam paralisadas.
A reportagem tornou a contatar a administração da Pussoli. Dessa vez, a empresa informou não saber quando os funcionários terão a situação regularizada, tampouco a data de término das obras.
A prefeitura informou que é vedado o pagamento a empresas que não cumprem com o prazo estabelecido para a finalização dos serviços ou cuja execução não atende à determinação técnica estabelecida pela licitação. A prefeitura também informou que o impasse para a finalização das obras deve ser solucionado até o final do mês.
Enquanto o problema não é resolvido, quem sofre é a população. Proprietário de uma retífica de motores, o morador Romeu Costa conta que foi preciso os próprios vizinhos fixarem placas para conter a velocidade dos carros que passam pela via e diminuir a quantidade de pó que invade as casas.
Além disso, ele teme pela segurança de quem trafega a pé pela rua. “As calçadas estão bloqueadas com os materiais deixados pela construtora. Os pedestres têm que andar no meio da rua, arriscando a vida”, diz.
Para quem mantém algum estabelecimento comercial na rua, o pó também estaria implicando em prejuízos. Kamal Lustosa Vera conta que vem perdendo clientela do salão de festas infantis que mantém no local.
Ele diz que o movimento tem caído de 30% a 40% em relação ao volume de contratos que teria fechado no final do ano. “Ninguém quer comemorar aniversário com poeira em cima do bolo”, afirma.